domingo, 14 de outubro de 2007

Adeus Tia Ederlinda

Tia, dificilmente irei conseguir traduzir através de palavras todos os sentimentos que preenchem intensivamente a minha alma associado a um rol infindável de memorias onde está presente desde a minha infância até ao dia de hoje e com toda a certeza no futuro.
É muito triste e indescritível quando alguém que nós amamos muito, tem que forçosamente nos deixar neste mundo, muitas vezes cruel, e partir para um novo caminho, para quem efectivamente acreditar na sua existência, sem que o possamos acompanhar…
É muito triste quando pretendemos transmitir um sentimento verdadeiro, saído da imensidão do nosso coração, e a pessoa a quem o queremos direccionar não o pode receber como mais desejávamos…
É muito triste quando temos uma vida inteira pela nossa frente para demonstrarmos através de palavras, actos ou atitudes o quanto verdadeiramente gostamos de alguém e constatamos que não aproveitamos as oportunidades proporcionadas pela vida para o fazer…
É muito triste quando alguém que está directamente associado à felicidade da nossa vida e existência, não tenha constatado verdadeiramente o que significa para nós…
É muito triste quando, na vida real, por mais actos e atitudes realizadas, nunca saberemos se são as suficientes para agradecer formal ou informalmente a importância que determinada pessoa tem na nossa vida…
É muito triste quando se luta com todas as nossas forças, acreditando na existência de algo ou alguém mais forte que nós, e não sejamos devidamente compensados (pelo menos da forma como mais merecíamos) por tanto sofrimento…
É muito triste quando alguém que nos dá o elixir da vida e não o possa beber para salvar a sua…
É mesmo muito triste a TIA nos ter deixado fisicamente sem a podermos compensar por tudo aquilo que nos proporcionou ao longo dos anos que nos ensinou a sermos mais fortes, mais crentes, mas sensíveis, mais sinceros, mais afáveis, mais próximos, mais presentes, mais e muito mais FELIZES com a sua existência…
É com este sentimento de muita tristeza que uma família inteira e unida a vê partir.
TIA, todos os momentos que passei na sua companhia e que num flash me relembram exclusivamente atitudes de felicidade, são momentos que jamais irei esquecer e com toda a certeza irão permitir fazer de mim uma referência, uma pessoa mais forte, uma pessoa mais feliz.
Irei recordá-la com o sorriso que SEMPRE me recebia, mesmo até nos momentos mais difíceis…
Irei recordá-la pelos ensinamentos que me transmitiu nos longos e inesquecíveis dias que passava com o meu irmão na sua casa nas Gaeiras…
Irei recordá-la como uma Mãe que em paralelo com a minha verdadeira, sempre esteve a meu lado quando mais precisei…
Irei recordá-la pelo magnífico e exemplar ser que nos deixou, que muito me orgulha ser primo, e continua a desenvolver com toda a eficiência a continuidade da sua verdadeira personalidade…
Irei recordá-la pela luta, espírito de sacrifício, abnegação, esforço, dedicação, sentido de responsabilidade, exemplo, atitude e demais adjectivos que a possam caracterizar pela verdadeira e sempre presente pessoa que tive a felicidade de associar directamente à minha vida…
Irei recordá-la como um exemplo de coragem e acreditação que vale a pena lutar, sofrer, por vezes até desesperar para nos mantermos vivos por mais um dia que seja…
Irei recordá-la por me TER SALVO A VIDA, com algo que me preparava com todo o carinho do mundo, feito pelas suas próprias mãos e alimentado pelo seu grande coração…
Jamais irei conseguir traduzir de uma forma clara e expressiva o quanto gosto de si TIA…
Sinto muito não ter a capacidade de manifestar o meu sentimento publicamente como o pretendia fazer no dia em que nos deixou no mundo real, mas as emoções eram demasiado fortes para sustentar e exteriorizar os meus verdadeiros sentimentos.
A flor que alguém carinhosamente colocou em cima do seu peito e que certamente a irá acompanhar onde quer que esteja será uma representação viva da minha existência junto de si e simboliza a gratidão que na vida real não consegui transmitir….
Suplico-me imensamente por não ter conseguido a devido tempo manifestar através de actos o verdadeiro sentimento que pretendo demonstrar através destas insuficientes e inexpressáveis (o quando desejava) palavras o que verdadeiramente merecia ter ouvido e sentido enquanto estava consciente a partilhar momentos felizes na companhia da nossa família.
TIA, neste dia que nos deixas, tens junto de ti uma família plenamente unida que chora e sente a sua partida e que a recordará como uma referência, um exemplo, uma grande MULHER que sempre serviu os outros com grande gratidão e infelizmente não foi reconhecida como verdadeiramente merecia…
Adeus TIA LINDA… jamais será esquecida…
Do teu sobrinho que te ama…
Marco Martins

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O Inicio de um novo fim

Hoje recomeça mais uma etapa importante e significativa da minha vida: O inicio do ano lectivo, onde estou inserido na Licenciatura de Protecção Civil ministrada no ISEC – Instituto Superior de Educação e Ciências – Lisboa.
Depois de concluído com pleno sucesso o ensino secundário, estar durante 3 anos a concorrer ao ensino superior, ter ingressado num curso superior de Turismo e Mar na ESTM – Peniche, resta-me agora procurar um novo rumo da minha formação académica direccionada às minhas valências profissionais.
Tendo plena consciências das dificuldades e adversidades que ao longo desta nova etapa da minha vida terei que me submeter e enfrentar, (disponibilidade pessoal e profissional para frequência das aulas, esforço económico, a vida social, entre outras), este será mais um desafio que permitirá a mim próprio lutar e reconhecer, validando competências, as minhas capacidades pessoais submetidas a vários níveis. Não posso abdicar de outras ambições pessoais e profissionais em prol exclusivo da vida académica e pelo facto o esforço exigido terá uma gratificação muito maior e significativa com a obtenção de resultados favoráveis durante todo o percurso escolar.
Acreditando em permanência que o esforço e dedicação traduzem-se em resultados práticos gratificantes para a acreditação do nosso ser, será com muita dignidade que hoje inicio um novo fim.

MM

domingo, 30 de setembro de 2007

Os Sapos da nossa vida

Para finalizar o mês de Setembro, deixo-vos uma história muito "familiar" que pretendo partilhar como uma lição de conquista e ambição.

Era uma vez uma corrida.... de sapinhos! O objectivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles.
Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:
- "Que pena!!! esses sapinhos não vão conseguir...não vão conseguir..."E os sapinhos começaram a desistir. Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo...A multidão continuava gritando:
"...que pena!!! vocês não vão conseguir!..."E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um... menos aquele sapinho que continuava tranquilo... embora cada vez mais ofegante.
Já ao final da competição, todos desistiram, menos ele... A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido... E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, aí sim conseguiram descobrir...que ele era surdo!

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração! Lembre-se sempre: Há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos...Portanto, procure sempre ser POSITIVO!

Resumindo: Seja "surdo" quando alguém lhe diz que você não pode realizar seus sonhos...

MM

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Adeus Tio Zé Mendonça

No último dia da Festa do Pinhal, encontrava-me na Adega do Tio Horácio, quando recebo um telefonema a solicitar a minha presença na casa do meu Tio Zé Mendonça. A distancia física era muito reduzida e em menos de um minuto estava presente junto do meu Tio. Apresentava uma agitação muito acentuada, motivada por um mau estar geral e ansiedade com referencias directas à região torácica. Tentando perceber a razão de todo aquele cenário interroguei a minha Tia sobre alguns factores clínicos, nomeadamente os antecedentes. Identifiquei que não tinha feito a medicação para os Diabetes e possivelmente seria o resultado manifestado por toda aquela alteração metabólica provocando a sintomatologia referenciada anteriormente. Depois de realizar um teste de glicémia constatei o que suspeitava: hiperglicémia com um valor aproximado de 445mm/dl. Rapidamente foi solicitada uma ambulância que procedeu ao transporte para o hospital de Caldas da Rainha. Voltei novamente ao convívio com os meus amigos e já bastante tarde fui para casa descansar.
Pelas 10h30 da manha recebi um telefonema do meu irmão: Marco, o Tio Zé morreu... foram estas as palavras que ficaram registadas na minha memória.
Rapidamente me levantei e verifiquei uma chamada não atendida do meu Primo Zé Carlos que certamente tentou dar-me conhecimento do sucedido.
Quando cheguei a casa do meu Tio e encontrei e minha Tia, que amo e revejo como uma segunda Mãe, num estado lastimoso, não consegui conter as minhas emoções e juntos libertarmos todo o nosso sentimento interior através das lágrimas que abundavam os nossos rostos.
Uma vez mais e como sempre tem vindo a ser habitual, nos bons e menos bons momentos, a união familiar permite atenuar a dor de uma perda inqualificável, com a compreensão mutua que todos unidos demonstramos um apoio complementar à auto conformação da causa perdida.

Tio, partiste para o mundo que todos nós um dia iremos conhecer, mas deixaste neste a referencia humana que servirá de exemplo representativo de como existe bondade na vida e que a manifestação da mesma tem reflexos incontornáveis no comportamento pessoal inerente ao espírito familiar. Deixaste uma referencial mulher que revejo como uma Mãe e dois extraordinários filhos que os tenho como irmãos. É com eles que vou continuar a viver e acreditar na unificação do "fazer bem sem olhar a quem" onde impera a partilha dos sentimentos e emoções vividos como num só todo. Iremos recordar-te na eternidade pelas suas boas acções vividas e manifestadas enquanto viveu neste nosso mundo.
ATÉ SEMPRE TIO ZÉ

MM

sábado, 15 de setembro de 2007

Festa do Pinhal

Inicia-se hoje a referência festiva que une as tradições do passado, as pessoas do presente e as apostas humanas do futuro resultante do convívio aberto e comum de todos aqueles que se unem em prol da conquista do bem-estar pessoal e social.
A festa do Pinhal de Óbidos sempre foi uma referência nas tradições do Concelho de Óbidos. É uma festa desenvolvida no seio familiar nos residentes na pequena Aldeia, a que se associam outras vindas das proximidades, amizades, conhecimentos e também algumas convidadas, permitindo durante cinco dias a partilha de tradições, culturas e principalmente memorias do passado recente e longínquo que se reflecte na história pessoal e colectiva das pessoas, assim como da localidade.
O que diferencia esta festa tradicional das outras realizadas no Concelho, está associado à forma como as pessoas convivem e partilham, não só a amizade e hospitalidade, mas também alguns géneros alimentares.
Diariamente as adegas mais carismáticas abrem as portas a todos os presentes para oferecer a Água-pé acompanhada de aperitivos que permitem a continuidade da ingestão da famosa e já tradicionalmente conhecida bebida.No último dia manda a tradição, oferecer a todos os habitantes, demais convidados e população em geral, batatas cozidas com bacalhau (Batatada). Este é o ex-líbris onde milhares de pessoas convivem entre si, deixando o arraial completamente abandonado, concentrando-se nas adegas até que as suas capacidades físicas e psicológicas o permitem.
Recomenda-se uma presença para a constatação destes factos onde todos os anos no 3º fim-de-semana do mês de Setembro se iniciam.

MM

domingo, 2 de setembro de 2007

Parabens Pai

Hoje é um dia particularmente importante. Todos nós na vida temos registo de datas, acções, actos importantes que consideramos efemérides. O que poderá ser muito importante para nós poderá ser banal para outros. A importância deste dia em particular está directamente associado a uma das pessoas mais significativas de minha vida, ou seja, a razão da minha existência, a pessoa que me semeou e me permitiu estar hoje a partilhar este momento convosco. PARABÉNS PAI, hoje é verdadeiramente o dia em que pretendo manifestar o sentimento ao magnífico ser que representa significativamente a minha existência, educação, crescimento e um pouco de personalidade.PAI, neste dia que assinala e representa o teu nascimento pretendo fazer uma particular referência à importância que teve, e continua a ter, na minha vida. Sempre o associei a um excelente e referencial profissional com um sentido de responsabilidade e comprimento do dever que faz "imagem de marca" no meu presente.Durante a minha infância recordo todo o esforço que desenvolvia para sustentar uma família que sempre teve todos os bens primários necessários à subsistência humana. Sempre trabalhou arduamente no cumprimento dos seus deveres profissionais e durante muitos fins-de-semana e feriados consecutivos, por vezes sob condições meteorológicas adversas, ainda tinha forças para trabalhos complementares na agricultura. Compreensivelmente o tempo que poderia dispensar para mim e meu irmão era muitíssimo limitado, no entanto sempre o conseguimos identificar pela sua capacidade de trabalho, força de vontade e sentimento de responsabilidade.Cresci como pessoa na vertente pessoal e profissional associado à responsabilidade, cumprimento e ambição em muitos dias passados no cultivo do campo.Nunca esquecerei o momento único que me advertiu fisicamente por não ter cumprindo uma simples ordem sua. Sentiu posteriormente um ligeiro sentimento de arrependimento pelo acto cometido, mas para mim foi uma importante lição de vida.Nunca esquecerei quando, com a sua astúcia e capacidade de improviso, me salvou a vida ao cair no poço da fazenda.Nunca esquecerei tudo o que por mim fez, sofreu e lutou quando estive perante a morte no flagelo de uma doença.PAI e AMIGO, mesmo com todas as dificuldades e adversidades da vida, conseguiu gerir e liderar uma família com muita dignidade honrando o bom nome que nos irá associar na eternidade: MARTINS.Mesmo com os problemas de saúde que por vezes interfere com a sua capacidade de gestão de emoções, tem tudo para continuar a vencer e ser a referencia que muito me orgulha, e por ter uma família que o ama.PAI, quero finalizar manifestando todo o meu sentimento de gratidão por tudo o que foi e é presentemente para mim, fazendo referencia que jamais negarei perante tudo e todos um apoio incondicional a todas as suas necessidades como forma de gratidão pela magnifica e referencial pessoa que continua a ser para mim

MM

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Parabens Mãe

Nunca é demais falarmos ou mesmo escrevermos sobre o que gostamos mas principalmente de quem mais gostamos. Neste contexto não existem adjectivos ou qualquer outras palavras que possam qualificar ou quantificar o que desejo expressar sobre a pessoa em particular que pretendo direccionar estas breves palavras: A minha Mãe, simplesmente a melhor Mãe existente no Universo.
Escrevo estas palavras com bastante orgulho pessoal, mas mesmo assim ainda não consegui encontrar a melhor metodologia para reconhecer o verdadeiro valor da pessoa que mais me faz feliz na vida e que hoje comemora o seu aniversário.
Já não é a primeira vez que faço a publicação de palavras alusivas à melhor Mãe do mundo e certamente também não será a ultima.

Mãe linda e adorável que jamais deixarei de te levar para onde quer que vá, esteja onde e com quem estiver, venho por este meio desejar-lhe muitos parabéns na esperança que todos os seus sonhos e ambições se possam realizar. Quero que saiba que será sempre a referencia da minha vida. Nunca a esquecerei até que as minhas capacidades mentais o permitem.
Associado ao seu ser consigo utilizar as duas palavras que já aboli à imenso tempo do meu dicionários pessoal: SEMPRE E NUNCA, associam-se a si de uma forma directa por tudo o que representa e significa para mim. É o orgulho do meu ser e a referencia que pretendo ter na minha vida, porque tenho plena certeza que serei muito feliz se conseguir um dia ser como a Mãe.
Amo-a muito Mãe linda...
Beijinhos grandes
MM

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Big Brother

Neste dia em particular comemora-se um acontecimento que não poderia deixar de fazer referencia nas paginas virtuais da minha vida: O aniversário do meu Big Brother.
Completa hoje 28 anos de idade e pretendo deixar registado em forma de reconhecimento do seu fantástico ser, algumas palavras de gratidão e orgulho pessoal por ter alguém tão directamente ligado ao meu ser, que mesmo não se manifestando através das palavras, os actos não deixam ocultar a empatia e intimidade que nos une.
Crescemos e fomos educados comummente num ambiente familiar que permitiu definir um pouco das nossas personalidades, que embora sejam bem distintas, têm valores que se aproximam e que o sangue que nos une não consegue disfarçar.
Muitas divergências surgiram no passado onde raramente nos conseguíamos entender. Sempre com uma disputa permanente de ambos querermos ser "o melhor" os conflitos surgiam com a naturalidade que a infância nos ensinou. Era raro o dia em que a nossa Mãe não nos repreende-se verbalmente ou mesmo fisicamente. Certamente foram esses mesmo "conflitos" normalmente a jogar futebol ou qualquer outro jogo, ou "divergências" de ideais da infância e adolescência que nos fez procurar os nossos objectivos pessoais e profissionais um pouquinho isolados um do outro mas sempre com uma cumplicidade que ninguém conseguia destituir. Crescemos e fizemos-nos homens sempre debaixo do mesmo tecto e num agradável ambiente familiar, sendo o período escolar o momento onde surgiu um relativo afastamento.
O meu mano sempre teve grande convicção do que queria para a vida. Sempre manteve as suas reservas e dia após dia lutava com todas as suas forças na conquista dos seus objectivos académicos. Foi neste período que senti o quanto ele era importante para mim, e principalmente o sentimento que nutria por mim. Quando adoeci e no momento em que "quase" ninguém acreditava na possibilidade da minha sobrevivência ele manifestou um sentimento e uma atitude que jamais irei esquecer na minha vida. OBRIGADO MANO, por tudo o que fizeste por mim.
Terminou os estudos, formou-se em Engenharia Agrónoma e agora desenvolve uma profissão que tem sido reconhecido pelos seus valores, competências e profissionalismo.
Quero deixar-lhe um grande abraço de amizade, sabendo ele que estarei sempre em permanência a seu lado nos bons e menos bons momentos da sua vida.

UM GRANDE ABRAÇO SR. ENGENHEIRO ;-)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Férias no Algarve

Depois de passar quatro dias internado no Hospital de Caldas da Rainha, devido a um edema na base da língua, e ainda a usufruir do meu período de férias profissionais, decidi no dia de hoje viajar até ao Algarve para desfrutar dos magníficos dias de Sol que se faz sentir.
Sem pensar muito onde pudesse ficar, para onde ir e quanto tempo ficar, juntei uns calções e uma toalha numa mala que normalmente me acompanha nas minhas deslocações e iniciei a minha viagem, passando apenas por casa dos meus Pais para lhes dar conhecimento.
Tendo em consideração diversos amigos que residem no Sul do País, pelo caminho fui estabelecendo contactos telefónicos com a intencionalidade de procurar quem me poderia acolher. Tal como esperava a receptividade foi plena e comecei então a minha gestão do tempo para conseguir estar com quem mais desejava.
Comecei por ficar em Albufeira, depois desloquei-me para Quarteira, passei por Faro e terminei em Olhão.
Foram quatro noites e cinco dias maravilhosos que passei em convívio com os meus amigos que residem no Algarve de onde se destaca os dias maravilhosos passados na praia e a presença no Festival de Marisco de Olhão, onde tive a oportunidade de ver ao vivo e de acesso gratuito os concertos da Melani C e Xutos e Pontapés (se não estivesse a fazer medicação inerente ao meu internamento não me tinham deixado sair de lá)
A todos os meus amigos Algarvios o meu agradecimento em particular.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O regresso ao Hospital

Inerente ao meu passado tenho registado na minha memória vários momentos que marcaram a minha vida e fizeram a diferença na forma como penso, vivo e estou para com a vida. Esta marca na minha personalidade associa-se a uma cicatriz que advém dos dias difíceis que a adversidade da minha doença me proporcionou quando fui internado devido à Leucemia Linfoblástica Aguda que me foi diagnosticada em Maio de 1994.
Depois de ter ultrapassado com sucesso um obstáculo que muitas pessoas pensavam que era intransponivel, nunca mais senti qualquer sintomatologia que me pudesse reviver de uma forma assustadora, perturbante e preocupante as represálias do passado.
No presente dia em particular, seria falso se não referisse que um nervozo miudinho percorreu o meu corpo após passar 14 horas na urgência do hospital e depois de passar por uma consulta de Otorrino, quando me fui referido: Voçê tem que ficar internado, tem um edema na base da língua e tem fazer rapidamente antibiótico via parentérica.
Conforme surgiu a preocupação, resultante de toda a envolvência do cenário com um flash repentino do passado, rapidamente surgiu a tranquilidade quando enfrentei internamente e seriamente a realidade presente. O que tenho eu que temer, pensei no imediato.
Tudo o que me possa ser submetido, estarei cá para assumir todas as consequências e lutar contra qualquer adversidade. O optimismo conquistado por mim, restabeleceu todas as minhas valências e abertamente entreguei-me às consequências que poderiam advir da minha situação clínica.
Fiz vários antibióticos, e serenamente dias após dia fui vencendo uma luta interna que o meu corpo se submeteu perante um infecção que até ao ultimo dia do meu internamento ninguém conseguiu justificar e identificar.
Sai passado quatro dias, onde uma vez mais se manifestou a presença das razões mais fortes do meu viver: Família e amigos preencheram plenamente o meu espaço, lutando simultaneamente comigo contra as adversidades que a vida me submete.

domingo, 29 de julho de 2007

Um novo fim

A vida é feita de ciclos que conjugados e somados entre si vão dar um resultado final, traduzido em números, associados aos nossos anos vividos. Como não tenho por habito valorizar e quantificar os momentos através da matemática, associada aos números, mas sim através da filosofia, associada aos sentimentos e princípios, não pretendo fazer qualquer referência à quantificação traduzida em números dos momentos que fazem parte da minha vida. Quero sim, traduzindo através das palavras, fazer um registo dos ciclos que se associam à vertente filosófica, sentimental, humanística e sociológica que se prende com princípios de vida por mim estabelecidos permitindo conquistar dia após dia o meu bem-estar, a minha felicidade e realização pessoal e profissional.
Todos os ciclos têm no seu conteúdo momentos bons e menos bons, dependendo sempre de nós a gestão de uma forma mais cuidada possível dos valores possíveis de obter em cada um que vamos construindo e terminando ao longo das nossas vidas.
Tenho por hábito, pelo optimismo inerente ao meu ser, valorizar e registar apenas as coisas boas que se associam ao ciclo vivido, permitindo que as coisas menos boas sejam apenas factores de aprendizagem e que possam desvanecer com o passar do tempo. Através desta gestão activa e permanente tenho conseguido aglomerar energias e recordações que me permitem viver com uma felicidade intensa e (quase) permanente, recordando todas as coisas boas que as pessoas me têm proporcionado na vida.
Fechando-se hoje mais um ciclo, vou uma vez mais registar na memória da minha vida tudo aquilo de bom que me foi possivel partilhar, e sempre que necessite de energias alternativas para recuperar de momentos menos bons, será aqui mesmo que irei recorrer: no banco de memórias das coisas boas que me são proporcionadas no meu percurso de vida.

Cumprimentos

Marco Martins

domingo, 22 de julho de 2007

Mercado Medieval

Terminou no presente dia mais uma edição do já famoso e referencial Mercado Medieval realizado na mais bela e maravilhosa vila do mundo: Óbidos.
Foram 11 dias de um autêntico regresso ao passado onde todo um espaço envolvido em cenários demonstrativos da época medieval, complementado com várias animações artísticas encenadas por autênticos profissionais, permitiu, até aos menos sensíveis à história, recordar e viver a era medieval com total envolvencia no culto do passado.
Várias foram as ofertas em termos de conhecimento. Animadores de rua, figurantes, músicos, artistas variados, tasquinhas, espectáculos, encenações, lutas e combates, comércio e um dinamismo interactivo permanente entre o público e os mais variados artistas foram o mote para que uma vez mais e sem qualquer surpresa torna-se o Mercado Medieval o melhor e mais conceituado evento realizado na Vila de Óbidos (na minha opinião).
Melhorando ano após ano oferece a todos os visitantes momentos únicos e memoráveis vividos enquadrados na época medieval.
Quero fazer uma referência em especial e particular, destacando-se pela positiva, da encenação dos “Musaranhos” que presenteou todos os visitantes logo na entrada do certame, “pregando” sustos que jamais serão esquecidos por quem sofreu na pele a presença daquelas figuras que arrepiavam qualquer desprevenido. Parabéns a toda a organização

Marco Martins

terça-feira, 17 de julho de 2007

Viagem ao México

Viagem ao México.

Costumo dizer com frequência que as melhores referencias que surgem e ficam registadas na memória das nossas vidas são aquelas que resultam do efeito surpresa e que não nascem de uma programação pré-definida com a antecedência normalmente associada a uma organização espaço-temporal.
Foi assim que surgiu a oportunidade de realizar uma viagem ao México que terminou neste preciso dia. Sem grandes combinações e quase nada previsto embarquei rumo ao paraíso das águas azul-turquesa.
Foram 9 dias fantásticos e memoráveis onde o desfrutar de várias vertente conjugadas entre si permitiram adquirir vários sentimentos distintos mas unificados pela sua envolvência nos resultados adquiridos: descanso, lazer, divertimento, cultura, desporto, tranquilidade, boa disposição, conhecimento e aprendizagem, novas e gratificantes amizades e mais importante que tudo, o reconhecimento reforçado de que vale mesmo a pena viver intensamente a vida. Foram dias (e noites) fantásticos totalmente envolvidos por desejos e ambições realizados de onde se destacaram em particular e pela positiva três grandes vertentes: o lazer (praias extensas com agua azul-turquesa e temperaturas que nos inibe a vontade de sair da água); o desporto (mergulhos lindíssimos num mar onde a visibilidade e a vida subaquática tem valores de referencia, e os desportos organizados pelo hotel); a cultura (os Mayas deixaram fortes e significativas marcas na região de Yucatan onde se destaca a nova maravilha do mundo Chichén Itzá)
Foram umas férias memoráveis que recomendo a quem pretenda conhecer e explorar locais com variadas ofertas turísticas

Cumprimentos

Marco Martins

sábado, 7 de julho de 2007

O número SETE

Estando eu directamente associado a este referencial número por razões várias, sendo uma delas a concordância da conjugação matemática que assinala o dia do meu nascimento 4-3-1977 (como 4 + 3 são 7 e foi no ano de 1977 que dei inicio ao meu percurso de vida, justifica-se uma assim uma ligação directa e muito importante do meu ser ao numero SETE), não posso deixar de fazer uma referencia em particular a este número. Além do referido anteriormente, foi hoje (7-7-2007) anunciado ao mundo as novas sete maravilhas do mundo e as sete maravilhas de Portugal, onde está incluída por unanimidade a bela, simpática e romântica Vila de Óbidos. Pelos factos apresentados anteriormente e todos os outros que se justificassem aqui apresentar, deixo-vos várias analise encontradas, através de uma pesquisa pela net, acerca do enigmático numero SETE.

O 7 é o símbolo da totalidade perfeita, do anúncio de uma mudança. Para além disso, é uma porta aberta do conhecido para o desconhecido: um ciclo encerrou-se, como será o seguinte?
Sobre o 7, de acordo com relatos antigos, Hipócrates terá dito: “O número 7, pelas suas virtudes escondidas, mantém no ser todas as coisas; dá vida e movimento; influencia seres terrenos e até os conjuntos celestes”.
7 é o número da conclusão cíclica e da renovação positiva, evocando todos os conjuntos perfeitos. 7 é um número com uma simbologia bíblica muito forte, figurando 77 vezes no Antigo testamento, em momentos diversos: o candelabro tem 7 braços; os 7 céus; Salomão construiu o templo em 7 anos; Após a tomada de Jericó, 7 sacerdotes com 7 trompetas deveriam, no 7º dia, dar 7 vezes a volta à cidade; Eliseu espirra 7 vezes e a criança ressuscitou; um doente mergulha 7 vezes no Jordão e sai curado; o justo cai 7 vezes e levantou-se perdoado; José sonha com a profecia das 7 vacas gordas e as 7 vacas magras e 7 anos de fartura e 7 anos de miséria se seguiram; 7 animais puros de cada espécie seriam salvos no dilúvio.
Entre os egípcios, o 7 era símbolo da vida eterna, simbolizando um ciclo completo, numa perfeição dinâmica.
Na China, as festas populares tinham lugar num 7º dia e os chineses relacionam as 7 estrelas da Ursa Maior com as 7 aberturas do corpo e as 7 aberturas do coração.
No Islão, o 7 é igualmente um número auspicioso, símbolo de perfeição: 7 céus, 7 terras, 7 mares.
No Irão, no momento do parto, coloca-se sobre uma toalha uma lâmpada acesa com 7 espécies de frutos e 7 espécies de grãos aromáticos. A criança recebe geralmente o seu nome ao 7º dia.
Em Cuzco, o antigo panteão Inca, um muro tinha, junto da árvore cósmica, um desenho que representava 7 olhos, chamados “os olhos de todas as coisas”.
Em África, 7 é símbolo da perfeição e da unidade, da união dos contrários (4 é o feminino e 3 é o masculino) e também símbolo da fecundação. Na Grécia, o 7 aparece em inúmeras tradições e lendas: As 7 Hespérides; as 7 portas de Tebas; os 7 filhos e as 7 filhas de Niobe; as 7 cordas da lira, etc. 7 é o número dos raios do Sol numa tradição hindu: seis correspondem às direcções do espaço e o 7º ao centro.
Na bíblia, sete significa perfeição e plenitude. Na química, PH neutro e equilibro.
Para Deus, sete foram os dias necessários para toda a sua criação e o merecido descanso.
Para James Bond, sete é o número que acompanhando de dois zeros conquista as mulheres.
Por falar nisso, sete são as maravilhas do mundo!
Sete também são as vidas do gato. Mas como a sua é uma só, aproveite 2007 e sete dias por semana.
E se aparecer algum bicho-de-sete-cabeças, lembre-se que depois da chuva vem as sete cores do arco-íris.
E junto com o sol, vem o dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
A vida é assim mesmo: um jogo, ora com 7 erros, ora com dezena de acertos.
Faça como Jesus perdoe 70 x 7. Faça como a sétima arte: sonhe e crie histórias para um 2007 cinematográfico.
Faça como a branca de neve: tenha sete ou mais amigos. Só não faça como aquele velho espelho que quebrou e teve sete anos de azar.
Ahhh...cuidado com os sete pecados capitais.
Que 2007 seja tudo aquilo que você sempre quis. Elevado a sete.
Sete abraços, sete beijos e infinitas possibilidades e felicidades !!!!!


Marco Martins

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Mergulho na Madeira

Desde à muitos anos que o mergulho me tem fascinado em particular. Depois de ter mergulhado nos principais e preferenciais locais de mergulho no Continente (Berlengas, Sesimbra, Portinho da Arrábida, entre outros) e também nos Açores (Pico, São Miguel e Faial) falava-me apenas conquistar as águas límpidas da Madeira.
Surgiu então a oportunidade de realizar dois fantásticos e memoráveis mergulhos de onde passo a destacar e particularizar o mergulho realizado no Galo – Caniço, inserido na reserva natural do Garajau.
A acessibilidade ao local do mergulho fez-se através de um hotel, descendo num elevador 4 pisos abaixo do local de entrada. Chegamos ao local e constatamos condições fabulosas (balneários, acessibilidades, recepção). Foi-nos dada a liberdade de escolhermos o local para o mergulho e ficarmos autónomos em termos de perfil de mergulho. Eu com o meu amigo Francisco iniciamos o mergulho em excelentes condições de visibilidade e após alguns minutos submersos encontramos um conjunto de mais de 10 ratões que preenchiam disfarçadamente o fundo do mar. Entrei numa gruta com algum grau de dificuldade em termos de acessibilidade e pode constatar a imensa fauna marítima existente no local. Continuamos a deslumbrar a autentica beleza natural muito bem preservado e visualizarmos dezenas e dezenas de peixes a nadar entre nós. No final do mergulho fomos presenciados com um choco que sempre que sentia a nossa aproximação libertava um intenso jacto de tinta para ocultar a sua presença.
Depois de mergulho no Egipto e Açores este está registado na memória dos mais belos.

Uma palavra em particular para o meu amigo Duarte que no dia anterior me tinha proporcionado também um fantástico mergulho digno de registo.

Um abraço

MM

terça-feira, 26 de junho de 2007

Cannyong na Madeira

Enquadrado com a minha deslocação à ilha da Madeira onde estive durante o mês de Junho a ministrar formação surgiu a oportunidade através de um convite direccionado por um amigo pessoal em realizar uma nova experiência desportiva na minha vida: CANNYONG.
Este desporto que consiste em descer ribeiras e cascatas utilizando a técnica do Rappel, desde à muito que tinha o desejo de um realizar mas infelizmente nunca surgiram oportunidades. Estando eu presente no melhor local a nível Nacional para a realização do mesmo, não quis deixar de aproveitar a oportunidade.
Pelas 08h00 da minha o meu amigo Francisco foi-me buscar ao hotel e de imediato deslocamo-nos em conjunto com outros três amigos para o local onde iríamos finalizar o percurso. Equipamo-nos com os respectivos materiais e equipamentos e deslocamo-nos para o local onde iríamos iniciar a descida. Nesse local o caudal de água da ribeira era muito reduzido mas depois de caminharmos cerca de 15minutos começamos a encontrar maior caudal de água. O primeiro local com acumulação de água serviu para refrescar mas o melhor estava para vir.
Foi a partir do momento em que começamos a descer cascatas e a mergulhar em pequenos lagos com água límpida e muito fria que as emoções ficaram ao rubro. Foi fantástico poder observar toda a intensidade que a natureza nos pode proporcionar e que não sabemos valorizar da melhor forma. É indescritível a sensação sentida enquanto nos deslocávamos por entre vegetação intensa no meio de um riacho com descidas lindas em cascatas e mergulhos deliciosos em poços e pequenos lagos.
Foi um dia memorável que jamais será esquecido.

Agradeço a todos aqueles que tornaram realizado este meio desejo.

MM

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Formação na Madeira

Terminado o primeiro curso de Combate a Incêndio Urbanos e Industriais ministrado no arquipélago da Madeira através do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros da Madeira, (o primeiro de quatro consecutivos) surgiu o momento de confraternização entre os formadores e formandos. Fomos convidados para um jantar de final de curso realizado no Restaurante La Parreira – Campanário.
Não podendo estar todos os formandos presentes por motivos pessoais e profissionais, os que se fizeram representar dignificaram com toda a pompa e circunstancia o momento alusivo à comemoração de um feito.
A característica principal destes restaurante, que já conhecia do passado, está associada ao facto de sermos nós a comprar a carne no talho do proprietário de um lado da estrada, sendo no lado oposto o local que está reservado para assarmos e nos sentarmos à mesa para comer. Antes da refeição reunimo-nos no café ao lado do talho (que é propriedade do mesmo dono do talho/restaurante) e foi-nos servido uma semilha com pele e sal. Estando um pouco renitente à ideia acabei por comer e apreciar imenso o sabor da batata assim cozinhada.
Depois disso seguiu-se o jantar propriamente dito com a famosa espetada da Madeira a fazer as honras da casa, bem regada com um vinho característico da região. Depois de bem comidos e ainda mais bebidos, deslocamo-nos para Câmara de Lobos para "provar" a famosa poncha. A noite terminou pelas sensivelmente 03h00 da manha e o dia seguinte foi passado exclusivamente no conhecimento da ilha da Madeira, tendo sido percorrido todo o seu perímetro, transportados e conduzidos pelo caríssimo amigo Carlos pertencente aos Bombeiros de Ribeira Brava.

Foram dois dias memoráveis

Cumprimentos

MM

sábado, 2 de junho de 2007

Descida do Rio Mondego

A exemplo de anos anteriores foi organizado através dos Bombeiros Voluntário de Óbidos, uma descida do Rio Mondego em canoa, entre Penacova e Coimbra.
O encontro estava marcado para as 08h00 no quartel dos Bombeiros de Óbidos e como bons Portugueses que somos a saída só se registou pelas 08h30. Participaram neste evento 20 aventureiros canoistas (bombeiros e civis) acompanhados por outras oito pessoas que quiseram demonstrar a sua solidariedade pelos aventureiros do rio e assim partilhar um convívio com a natureza num dia diferente.
A viagem entre Óbidos e Penacova, num autocarro da Câmara Municipal disponibilizado gratuitamente para proceder ao nosso transporte, foi muito divertida como é natural neste tipo de convívio, sendo aproveitada para a distribuição dos elementos pelas canoas e assim ficarem definidos os respectivos pares (tarefa que não se tornou muito difícil).
À nossa chegada não foi fácil identificar o local de embarque nas canoas, mas depois de conhecermos outros locais (não andamos perdidos), efectuarmos manobras inversão de marcha com grande grau de dificuldade (perícia), de caminharmos um longo percurso e serem-nos distribuídas as canoas com as respectivas pagaias metemo-nos à agua e inerente aventura.
No percurso entre Penacova e Coimbra foram realizadas várias tentativas de viragens de canoas (quase todas com sucesso) e ninguém ficou livre de sentir a temperatura da água fresquinha que nos guiava em direcção a Coimbra e nos permitiu passar um fantástico dia em pleno e sincero convívio.
A viagem de regresso fui muito mais calma onde prevaleceu o descanso dos guerreiros na tentativa de reposição das energias perdidas durante o percurso realizado.

Uma experiência para mais tarde recordar e preferencialmente voltar a realizar.

A todos os presentes o meu agradecimento em particular pelo comportamento exemplar que apresentaram dignificando assim o espírito de grupo e em particular os Bombeiros de Óbidos.

Cumprimentos

MM

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Organização e Disciplina

Hoje estive presente no meu primeiro incêndio florestal do presente ano, que deflagrou no Casal do Alvito – Gaeiras. Pretendo com esta mensagem partilhar as avaliações registadas inerentes à organização e disciplina implementada neste incêndio em particular

Sendo dado o alerta pelas 14h30 deslocaram-se no imediato para o local os elementos escalonados ao veiculo florestal de combate a incêndio e só posteriormente, e devido às necessidades de recurso humanos e materiais, me fiz deslocar com outros 2 elementos num veiculo de comando em simultâneo com outro veiculo tanque.
À minha chegada e sendo o elemento mais graduado presente no teatro das operações e por inerencia Comandante das Operações de Socorro, senti uma necessidade de reorganizar quer os recursos humanos assim como os recursos materiais. Neste sentido mandei posicionar o veículo tanque num largo junto à estrada municipal, procedi à troca do elemento mais graduado que vinha no veículo tanque com um menos graduado que trazia no veículo de comando e desloquei-me para um dos flancos do incêndio. À minha chegada o incêndio já estava circunscrito e com relativa facilidade foi extinto.
No final das operações de rescaldo e depois de arrumado todo o equipamento e material nos respectivos veículos, concentramo-nos todos junto a um largo perto de uma habitação para ser realizado o habitual Breifing. Durante o mesmo foram relatados factos de organização e disciplina que podem por em causa toda a orgânica de implementação dos meios humanos e materiais na concretização de um objectivo.
Foram focados os aspectos de hierarquização em termos de distribuições de funções (homem da agulheta, homens das mangueiras, manobradores de bombas); Comunicação e passagem de informação; Uso abusivo de sirenes; Uniformização e apresentação.
Este pequeno incêndio onde não surgiram dificuldades acrescidas no seu domínio e extinção serviu para serem implementadas determinadas regras e procedimentos disciplinares que são imprescindíveis na organização e coordenação de qualquer teatro de operações.

Porque é nos pequenos incidentes que se devem implementar estruturas organizativas de base para corrigir as dificuldades sentidas nos grandes sinistros, deixo aqui expresso esta mensagem.

Abraços

MM

quinta-feira, 24 de maio de 2007

2 Amores

Neste dia em particular onde surgiu a oportunidade de ir ao Teatro Villaret assistir à peça anteriormente intitulada, pretendo aqui deixar registado a história inerente ao espectáculo protagonizado por José Pedro Gomes e António Feio entre outros actores e actrizes de renome Nacional.

A peça de teatro relata a história de um típico Português (taxista) que leva uma vida dupla repartida por duas mulheres (José Pedro Gomes) e que num determinado momento da sua vida, após ter sofrido um pequeno acidente de viação, não consegue estabelecer a rotina diária de encontros com as duas mulheres que fazem parte da sua vida, e procura encontrar uma solução para justificar o acidente a dois agentes da policia sem comprometer a sua vida dupla. Na tentativa de ajuda a este taxista surge o fiel vizinho e amigo solteirão (António Feio) que entra no enredo na tentativa de encontrar soluções que possam descomprometer o amigo, fazendo-se passar por várias figuras como agricultor, marido, Pai, entre outras.

Esta comédia hilariante e muito agradável com a duração de mais de duas horas regista sem duvida alguma uma realidade cada vez mais presente no mundo moderno e principalmente demonstra a pertinência que o Português, mais que ninguém no mundo, consegue encontrar soluções momentâneas para resolver problemas complexos e sem solução aparente.
Não percam a oportunidade de ver esta peça de teatro que anda em digressão Nacional

Cumprimentos

MM

domingo, 6 de maio de 2007

Dia da Mãe - Para ti Mãe linda

Neste dia que celebra o dia da Mãe comemorado a todos os primeiros Domingos do mês Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo, não posso deixar de fazer uma referência em especial à melhor Mãe que a humanidade algum dia pode ter: A MINHA MÃE.

Certamente que muitos de vós podem não estar de acordo com a minha afirmação anterior, que compreensivelmente eu respeito, no entanto apenas tenho que reportar-me ao sentimento que está associado à minha pessoa e tendo isso em consideração quero aqui deixar registado em particular uma mensagem especial para a minha adorável Mãe que merece tudo o que existe de bom no mundo.

Mãe linda, sabes que desde sempre tiveste influencia na minha forma de estar e ser perante a vida, tenho-te como referencia e sei o quando de bom tens para partilhar com as pessoas de quem gostas e em particular com a nossa família que é enaltecida com a tua presença. Desde muito cedo que me ensinas-te a mim e ao meu mano os princípios fundamentais da vida que através do exemplo nos conseguiste incutir e desenvolver: Respeito, sinceridade, compreensibilidade, humildade e tantos outros adjectivos que se associam às coisas boas que herdei da tua parte. Esta herança de um valor incalculável nada nem ninguém jamais me poderá retirar.
Tens demonstrado perante tudo e todos, através de actos e atitudes, que no interior do teu ser existe uma energia inesgotável de amor para dar, inerente a um coração do tamanho do universo. Não posso deixar de referir também que infelizmente tens dado muito mais do que recebido, no entanto o tempo permitirá que sejas recompensada da melhor maneira. Amas o meu Pai incondicionalmente e já demonstras-te por diversas vezes que tens a capacidade e força para ultrapassar qualquer adversidade que possa surgir na tua vida. Tens um amor-próprio pelo meu irmão que nunca em momento algum da tua vida foi diferente daquele que tens sentido e dado a mim.
No período mais difícil da minha vida nunca deixas-te de estar presente e todos os dias, sem excepção, durante mais de 2 anos estiveste sempre a meu lado e foste com toda a certeza do mundo a minha salvação. Nenhum médico do mundo teria a cura para a minha doença se a tua presença física e emocional não estivesse comigo no período mais doloroso fisicamente da minha vida. Por muitos anos que possa viver e por muitos actos que possa desenvolver nunca irei conseguir retribuir com a mesma "moeda" tudo o que fizeste por mim. Tenho plena consciência que todos os problemas inerentes ao teu estado de saúde foram o produto final de um acompanhamento incondicional que tiveste em permanência para não me deixares morrer. Senti em determinados momentos que eras capaz de dar a tua vida em troca da minha; Senti em determinados momentos que as tuas forças físicas e emocionais se estavam a esgotar, no entanto em momento algum deixas-te de estar presente; Senti que ainda tinhas forças para poder ajudar e compreender os outros doentes que me ladeavam; Senti que o verdadeiro amor de Mãe torna-se imprescindível quando mais precisamos dele.
Mãe, amo-te muito e serás sempre e em qualquer circunstancia a mulher da minha vida.
Desculpa-me se inconscientemente fiz algo que te pudesse magoar e não te sentisses orgulhosa de mim, se por algum momento o fiz acredita que não era a minha intenção propositada em o fazer, reconheço que não sou perfeito e também cometo os meus erro.
Prometo-te toda a minha lealdade, respeito e sinceridade; Prometo-te que enquanto estiveres neste mundo complexo onde crescemos e aprendemos uns com outros nunca te abandonar e dar-te-ei todo o apoio que mais necessitares para que te sintas SEMPRE orgulhosa de ti própria, pelo facto de teres ensinado a um filho que te ama incondicionalmente todas as coisas boas que a vida nos permite aprender.
Mãe, estarás sempre em permanência no meu coração e nada nem ninguém irá ocupar um lugar que é na exclusividade reservado só para ti, estejas onde e com quem estiveres, neste ou noutro mundo.

Do teu filho que te ama e amará mais que ninguém do mundo

Marco Martins

sábado, 5 de maio de 2007

Falta de compreensão e consideração

Presente em mais um seminário, desta vez sobre o mergulho, que são cada vez mais uma constante no quotidiano profissional, constatei algo muito importante relacionado ao reconhecimento e aprendizagem humana.
A belíssima cidade de Viseu serviu uma vez mais de anfitriã para a realização de mais umas jornadas nacionais de mergulho (primeiras internacionais) onde estive presente como palestrante a apresentar um tema sobre buscas subaquáticas. Enquadrados no mesmo programa e presentes na mesma mesa estava um representante Espanhol e um Americano. Tendo sido eu a fazer as honras da casa e assim iniciar a minha apresentação, seguiu-se o representante Espanhol que relatou a sua experiência e finalmente o encerramento dos trabalhos ficou da responsabilidade do palestrante Americano.

Nesta mesma pessoa está concentrada toda a base da minha mensagem.

Com algumas dificuldades em expressar-se na língua Portuguesa, mas com muito boa vontade de partilhar connosco a sua experiência e principalmente aprender algo de novo (como foi referido várias vezes pelo mesmo) o Sr. Americano começou a sua apresentação, sem o recurso a meios tecnológicos (PowerPoint e videoprojector), expressando-se (com algum esforço) na língua Portuguesa para que todos os presentes pudessem compreender. Como as dificuldades de expressão se evidenciavam recorria com alguma frequência ao calão referindo a palavra "gajos" em vez de "pessoas" ou "elementos".
A primeira vez que a terminologia foi utilizada até teve a sua graça, no entanto sempre que a mesma era usada (quase) toda a plateia abusava de um riso incontrolável que cada vez mais era sentido pelo palestrante. A questão fundamental da atitude aqui focada está na capacidade de nós sabermos gerir os sentimentos. Foi demasiado desagradável a "falta de respeito" para com a pessoa que estava presente perante uma plateia que tinha por objectivo aprender através da partilha de experiências, por falta de capacidade de controlo das emoções. É muito desagradável quando alguém se ri de nós e por razões várias não sabemos as causas. Aconselho a todos vós que sempre que colocarem em causa algo ou alguém que se coloquem no lugar dessa pessoa e tentem perceber as dificuldades que a mesma possa estar a passar.

Deixo para reflexão algo que faz parte dos meus princípios de vida: Não façam aos outros aquilo que não gostassem que vos fizessem a vós, façam aos outros aquilo que gostassem que vos fizessem a vós...

Cumprimentos

MM

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Dia da Rainha - Amesterdão

Numa das minhas deslocações à cidade de Amesterdão – Holanda para usufruir da companhia da minha fantástica família onde está presente um dos meus três lindíssimos afilhados, a minha priminha linda, o meu Tio de sangue e uma das minhas Tias preferidas, por coincidência (ou não) entre o período da minha estadia no Pais das tulipas multicoloridas realizou-se a festa da Rainha.
Neste mesmo dia deslumbrei a intensidade com que as pessoas vivem determinados momentos festivos. É impressionante, e só mesmo presenciado para se constatar, como tantas pessoas (muitos milhares) de etnias, nacionalidades, raças, cor e religiões diferentes conseguem conviver com a mesma determinação frequentando o mesmo espaço que por sua vez se ramifica por todas as principais artérias da cidade. É deslumbrante observar durante longas horas consecutivas, em período diurno, a evolvência de milhares de pessoas submetidas ao calor corporal e ao som de milhares de decibéis repartidos pelas centenas de "discotecas" (algumas móveis) distribuídas por toda a cidade.
Este cenário só é possível de ser realizado numa cidade onde em duas ruas paralelas, numa as prostitutas expõem os seus dotes físicos para a angariação de clientes, e na outra duas crianças em idade pré-escolar jogam futebol.

Recomendo uma visita à fantástica cidade do liberalismo.

MM

terça-feira, 24 de abril de 2007

Reencontros da vida

Sendo um verdadeiro crente de que nada acontece por acaso, tenho constatado ao longo da vida que este enquadramento justificativo de algumas circunstâncias pessoais e profissionais que por vezes nos surpreendem na vida tem uma razão específica de ser. Na verdade todos nós somos diferentes em termos físicos e principalmente em termos de personalidade. Assim como o gémeos são facilmente identificados (na sua grande maioria) pelas sua características físicas também algumas pessoas são similares em características de personalidade, embora nunca iguais pelo facto de todos nós sermos únicos e ninguém ser igual a ninguém.
Por muito tempo que os desencontros da vida proporcionam um distanciamento que os anos tendem em desvanecer, as pessoas que verdadeiramente deixam marcas na nosso ser ficam em permanência registadas na nossa memória de tal forma que quando o tempo permite um novo cruzamento de vidas elas renascem como que apenas algumas horas tivessem passado até ao novo reencontro.
Porque neste dia constatei este facto e as horas foram quantificadas em sensivelmente 15 anos de completa ausência de comunicação, quero aqui deixar registado este acontecimento da vida real. Seja bem vinda amiga.

PS – Na verdade foi através do mundo das virtualidades (net) que foi possível a concretização do facto anteriormente descrito.

MM

domingo, 15 de abril de 2007

Ciclos da Vida

Tendo a vida um princípio e um fim, a celebre frase relacionada com o sentimento do "miocárdio", "o amor eterno pode durar dois dias", é um verdadeiro facto que a mitologia tende em disfarçar. Fazendo uma retrospectiva à minha vida constato que relacionado a várias vertentes pessoais e profissionais já tive vários princípios e fins onde em todos eles registei avaliações positivas e menos positivas, prevalecendo em qualquer circunstancia o factor da aprendizagem. Têm sido os ciclos que se iniciam, desenvolvem e terminam que moldaram e definiram o meu verdadeiro ser. Hoje ao terminar mais um desses ciclos inerente à minha vida pessoal, constatei o quanto cresci, aprendi e evolui como pessoa por tudo o que conquistei e partilhei ao longo da sua existência.
E porque os ciclos nunca se esquecem, este não é somente mais um, mas sim um impar e digno de um registo especial por todo o bem que me fez...
Utilizando o princípio do pensamento filosófico de Chico Xavier "todos nós na vida não podemos alterar um fim, mas podemos começar um novo princípio para conquistar um novo fim"

Agradeço do fundo do coração todo o que tive oportunidade de aprender...

MM

domingo, 1 de abril de 2007

Casamento

Caríssimos amigos e amigas, tenho que partilhar convosco um momento de muita felicidade para a minha vida: Vou anunciar aqui neste dia referencial o meu casamento.
Será precisamente de hoje a um ano na igreja de Santa Maria em Óbidos, pelas 12h30min.

Posteriormente serão distribuídos os convites.

Partilhem comigo este meu momento de felicidade e sorriem intensamente de alegria.

Cumprimentos

MM

sábado, 31 de março de 2007

Um novo ser proporciona uma nova vida


Ao abordar a temática das relações não posso de forma alguma generalizar as circunstancias que proporcionam a estabilidade emocional entre casais. São vários os factores que colocados em cima de uma balança permitem que haja um equilíbrio que possa dar continuidade a essa relação. Não podemos nem devemos generalizar as avaliações feitas às relações porque na verdade as mesmas devem ser avaliadas individualmente e mais importante que tudo quase que exclusivamente pelos principais intervenientes: O CASAL, no entanto reconheço que uma ajuda complementar é imprescindível para a resolução de determinados parâmetros de compreensibilidade e comunicação.
Por diversas vezes tenho ouvido por parte de amigos e amigas que numa relação conjugal onde várias adversidades podem causar uma instabilidade na relação, o aparecimento de um novo ser não é certamente a solução para os problemas evidenciados. Não posso deixar de concordar com a afirmação anterior até porque um filho(a) acarreta uma séria de responsabilidades acrescidas que têm que ser muito bem geridas pelo casal. Normalmente as justificações para a afirmação anterior prende-se ao facto de que se os problemas existem e estão identificados no relacionamento não será certamente a presença de uma terceira pessoa comum ao relacionamento que irá solucionar aquilo que anteriormente deveria ser resolvido. Normalmente a falta de comunicação, dialogo e compreensão são a base da generalidade das dificuldades inerentes ao casal, assim como a rotina.
Tendo em consideração o constatado no seio familiar tenho que deixar expresso um exemplo contrário ao anteriormente referido e assim poder defender a tese que cada caso é um caso e tem soluções diferentes.
Num ambiente onde não existia compreensão, dialogo e abertura para serem realizadas tarefas e acções para ocupar a vertente do lazer e tempos livres que todos nós não devemos prescindir, algo de novo surgiu no seio da relação dos meus Pais: Uma nova criança
Os meus Pais passaram por uma fase extremamente difícil e que por razões várias não estava a ser bem digerida por ambos. As doenças que os afectam fisicamente não permitem um controlo emocional adequado para gerir determinados "conflitos" emocionais que embora pareçam simples ao olhos de muita gente, para quem sofre de problemas de saúde como depressões, diabetes e outras doenças mais, as circunstâncias não são as melhores para a solução dos problemas.
Depois de aparecer uma criança no seio da relação, criança essa que a minha Mãe tem sobre sua responsabilidade enquanto os Pais biológicos desenvolvem a sua actividade profissional, tudo mudou radicalmente, como se um novo dia renascesse.
Essa linda criança que trouxe de novo um espírito familiar e vivacidade na casa dos meus Pais tem permitido uma harmonia familiar digna de exemplo referencial.
O meu Pai anda muito mais calmo, compreensivo, atencioso e até consegue evidenciar actos de carinho perante uma nova vida que veio ressuscitar a vontade de viver de ambos. Por diversas vezes ouvi da parte da minha Mãe que o meu Pai já fez à bebé coisas que nunca fez a mim nem ao meu irmão enquanto crianças, como por exemplo mudar uma fralda.
A Beatriz que tem 10 meses de idade teve alguma dificuldade de adaptação a uma nova realidade familiar mas que presentemente está totalmente ultrapassada demonstrando em permanência um sentimento de alegria e muito boa disposição sempre evidenciado com um sorriso de cortar a respiração até ao mais sensível ser.
Finalmente uma referencia para a melhor Mãe do mundo do qual eu tive a sorte de ser filho, ser educado e criado.

Mãe linda, tu que serás sempre a mulher da minha vida contínuas a demonstrar algo que te qualifica como o maior ser existente no universo. A tua simplicidade, sensibilidade, compreensão, carinho, atenção e outros tantos adjectivos que são insuficientes para qualificar verdadeiramente o teu ser faz de ti uma referência incomparável e inigualável do qual eu tenho sempre muito orgulho em fazer-me representar. Irei fazer sempre o dobro daquilo que fizeste por mim e assim justificar toda a gratidão da minha vida.
Amo-te muito Mãe

MM

sexta-feira, 30 de março de 2007

O Poder da Sinceridade

Todos nós cometemos erros, haja o primeiro que tenha a coragem de assumir o contrário.
No entanto o que nos diferencia uns dos outros, seres humanos racionais, é de facto a forma como assumimos esse mesmo erro e de particular importância a forma como podemos aprender com o erro cometido e assim valorizarmos mais o nosso ser.
O erro é um factor que assola qualquer ser humano, todos temos receio de errar e evitamos ao máximo cometer falhas que possam comprometer o nosso ser e a nossa credibilidade.
A credibilidade, o orgulho, o estatuto, são factores que nos condicionam de assumirmos os nossos erros e que nos deixam intranquilos em termos de consciência. Quantos de nós já não erramos e por "medo" receio de assumirmos as consequências, de ferir o nosso próprio orgulho remetemo-nos ao silêncio? Certamente que muitos. No entanto a grande diferença está nas pessoas que conseguem lidar melhor ou pior com o erro, no sentido de poderem tirar as mais valias positivas do mesmo. Certamente que todos temos consciência que o erro é como as desculpas, não se devem pedir mas sim evitar, no entanto ninguém está imune à imperfeição.
Esta introdução serve para vos enquadrar na exposição que pretendo apresentar de seguida e que também se evidenciou numa acção de formação onde estive presente.
Durante a realização dos exames práticos alguém que cometeu um erro. Na tentativa de procurar todos os recursos e alternativas credíveis para tentar dar resposta a uma necessidade, foi cometido por parte do formando uma ilegalidade. No momento da realização dos exames práticos essa ilegalidade não foi detectada e por essa razão o formando conseguiu atingir os objectivos mas infringido as regras e determinados princípios inerentes ao ser humano como é o exemplo da honestidade.
Como a verdade vem sempre ao de cima, mais tarde ou mais cedo acabamos por constatar os factos reais e verdadeiros e este caso não fugiu à regra. Passado algumas horas foi detectado e ilegalidade por parte de um dos elementos da equipa de formação que expôs o caso superiormente. Já era tarde de mais pelo facto de os formandos já terem abandonado o local de formação, de se ter validado favoravelmente a prova realizada e acima de tudo por não existirem provas fidedignas mas sim um conjunto de factos que evidenciavam a ilegalidade. Um ambiente de consternação e indignação assolava toda a equipa de formação. Todos sem excepção sentiam-se plenamente enganados, usados, gozados e impotentes para poderem solucionar o caso de uma forma onde imperasse a justiça. Só havia uma solução que passava por confrontar a pessoa com o sucedido e avaliar a reacção da mesma. Apenas duas possibilidades poderiam resultar da tentativa de resolução do problema: A primeira, o formando referia que não tinha cometido nenhuma ilegalidade e por falta de provas concretas ele teria aproveitamento no curso mas perdia toda a sua dignidade como pessoa e nunca mais seria credível perante a instituição formadora; A segunda, o formando assumia o erro cometido e o problema ficava solucionado onde todos nós envolvidos no processo ficaríamos bem em termos de consciência. Cabia-me a mim tomar a iniciativa e confrontar o formando com todo o cenário descrito anteriormente. Estava com relativa vantagem em relação à equipa de formação pelo facto de conhecer antecipadamente o formando de outras acções anteriores e tinha-o como uma pessoa digna de respeito e de exemplo. Era uma pessoa formada com um grau académico superior e já tinha dado provas no passado que me permitiam continuar a credibilizar o seu ser. Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, pelo facto de ter abandonado o local da formação, tive que o fazer pelo telemóvel.
Não foi fácil porque o assunto era muito sensível e poderia por em causa uma amizade, uma pessoa, um princípio, duas ou mais instituições e acima de tudo várias consciências.
Depois de lhe ter reportado todos os factos registados na descoberta da ilegalidade, sem qualquer vacilação a resposta foi simples, concisa e extremamente directa: "É verdade, eu não fui correcto, cometi um erro..."
Após estas breves palavras algo dentro de mim rejuvenesceu, um dos princípios fundamentais da socialização e prosperação do relacionamento interpessoal prevaleceu sobre qualquer outro sentimento: A SINCERIDADE.
Aquele homem após ter proferido aquelas palavras, e embora tenha cometido o erro que já ninguém podia corrigir, continuou a ter a mesma credibilidade que tinha anteriormente em relação à minha pessoa.

Grande amigo, que continues sempre com os teus princípios de vida porque tens muito para conquistar em termos pessoais e profissionais e se tiveres que procurar alternativas para solucionar os teus problemas NUNCA recorras às menos correctas, porque podes perder toda a credibilidade que dia a dia vais conquistando nas pessoas.
A sinceridade, honestidade, transparência e acima de tudo a nossa honra permitem perante tudo e todos prevalecer sobre qualquer adversidade que a vida nos possa proporcionar e assim estarmos bem principalmente com nós próprios e a nossa consciência.

Abraços

MM

sexta-feira, 16 de março de 2007

O Acreditar

No decorrer do curso de mergulho – nível II ministrado na Escola de Mergulhadores da Armada – Alfeite assisti a uma realidade que pretendo partilhar convosco.
Estávamos a meio da primeira semana de formação, no dia antecedente às avaliações práticas que são eliminatórias e que condicionam a continuidade da formação. Num exercício onde apenas os formandos tinham que nadar debaixo de água sem recurso a máscara um deles não conseguiu adoptar-se ao meu aquático e assim realizar o exercício. Justificava-se que não consegui abrir os olhos debaixo de água e ao tentar fazê-lo sentia-se inconfortável e inseguro. Após várias tentativas sem qualquer êxito e sempre a referir que não era capaz o formando em causa dirigiu-se a mim e disse-me: Marco eu não sou capaz. Olhei-lhe nos olhos e não fiz qualquer comentário. Voltou novamente para o interior da piscina e na companhia de um formador voltou a tentar e a dizer continuamente "eu não sou capaz". Abordei-o junto da piscina e disse-lhe: "Chança tu és capaz". Ele muito sentido e com um ar derrotado completamente desesperado porque sabia que provavelmente teria que abandonar o curso referiu novamente: "Marco eu não sou capaz" e na verdade ele não consegui realizar o exercício.
No dia seguinte, reservado exclusivamente para a realização dos exames práticos que davam acesso à segunda semana de formação, todos os formandos tinham que obter aproveitamento para poderem dar continuidade à formaçã. Num exercício eliminatório que consiste em deixar todo o equipamento de mergulho no fundo da piscina, vir à superfície e voltar a recuperar o equipamento a uma profundidade de 4 metros, o mesmo formando referido anteriormente efectuo o mergulho correctamente, deixou todo o equipamento no fundo da piscina, veio à superfície sem equipamento e deu inicio à recuperação do mesmo. Após uma primeira tentativa sem êxito, ao voltar novamente à superfície sem equipamento o formando bateu furiosamente na água e referiu: "eu vou ser capaz". Voltou a mergulhar para recuperar o equipamento e passado alguns segundos surgiu novamente à superfície de novo sem ainda o desejado equipamento. Ainda mais furioso consigo próprio e manifestando esse sentimento através dos movimentos que fazia na superfície da agua continuava a dizer, agora com mais força e convicção "eu sou capaz". Numa terceira e última tentativa permitida para a realização da prova, o Chança voltou e mergulhar e desta vez permaneceu mais alguns minutos debaixo de água. Nós à superfície aguardávamos ansiosamente pelo resultado final. Passados alguns minutos a equipa de formação não consegui deixar de esboçar um sorriso de satisfação pelo êxito alcançado manifesto da força de vontade, crença e principalmente o acreditar que era capaz.
O Chança surgiu na superfície um sorriso glorioso que permitiu continuar na formação acreditando em permanência nas suas próprias capacidades pessoais.

Um exemplo vivo que demonstra a vontade do crer e do poder

Cumprimentos

MM

sexta-feira, 9 de março de 2007

Uma nova máquina

Quem me conhece minimamente sabe como não é nada fácil para mim desfazer-me de algo que me demonstre credibilidade para o efeito que foi concebido. Reporto-me concretamente aos bens materiais no entanto com as pessoas não existe grandes divergências: de quem gosto verdadeiramente dificilmente será excluído do meu coração. Mas falando concretamente em bens materiais tenho por hábito utilizar todo e qualquer equipamento até ao seu limite de vida e mesmo nessas circunstância acabo por os guardar religiosamente: Tem sido assim com os meus manuais escolares (desde a 1º classe) o meu veículo automóvel (Renault Clio 1.9D), a minha primeira aparelhagem (gira disco) o meu primeiro despertador (oferecido pelo meu Padrinho) entre outras coisas mais. Fazendo referencia ao telemóvel desde 1997 apenas tive 3 e um único numero (que não vou divulgar por razões de segurança): Um Sagem 710 (comprado numa promoção da BP), um Nokia 3330 e um Nokia 6310 (encontrado no chão da rua desbloquado sendo o telemóvel de referencia até ao momento). Infelizmente e com imensa pena minha, este meu ultimo telemóvel sofreu uma avaria considerável que condicionava as minhas comunicações móveis. Como não posso nem consigo viver isolado do mundo e principalmente das pessoas senti-me na necessidade de substituir esta "máquina" que até à data diria que era insubstituível. É verdade meus amigos a partir de hoje tenho um novo telemóvel. Continuo a ser fiel aos meus princípios não mudando a marca mas apenas o modelo. O meu novo telemóvel é um Nokia N73 Music Edition. Obviamente, e para quem tem conhecimento, o numero mantém-se inalterável.

P.S. Ainda vou fazer tudo o que esteja ao meu alcança para recuperar o meu ex-libris, a jóia da coroa.

Não posso deixar de agradecer o precioso contributo na aquisição. Obrigada G.

Cumprimentos

MM

quarta-feira, 7 de março de 2007

Ilusões

Ontem tinha planeado um dia especial na comemoração de um aniversário. Sempre que registo um dia especial tento ao máximo satisfazer as minhas necessidades para tentar também dar resposta às vontades de quem nos deseja e por inerência nos faz sentir bem. Por vezes os sacrifícios são compensados com pequenas palavras de conforto, pequenos gestos de carinho que nos permitem acreditar que felizmente vale a pena viver. Não vivo com intenções exclusivas de satisfazer ninguém a não ser a mim próprio e nem preciso de ser compensado materialmente pelas atitudes que possa ter para com os outros, no entanto por vezes um simples sorriso é o suficiente para sermos reconhecidos e compensados pela dedicação e devoção que partilhamos com as pessoas que estamos mais próximas. Fiz centenas de kms para poder estar presente numa efeméride com um simbolismo particular para constatar algo que em determinadas circunstâncias é preciso ser sentido para acreditar: A desilusão e o carácter do ser humano. Normalmente tenho por habito referir que apenas nos desiludimos porque na verdade somos nós próprios que nos iludimos com algo e/ou alguém. A escola da vida permite-nos crescer, conhecendo-nos a nós próprios e em paralelo os outros.

Ninguém é igual a ninguém e sempre que pensamos que conhecemos minimamente uma pessoa surge algo que vem provar o contrário.

E eu, será que me conheço verdadeiramente???

Cumprimentos

MM

domingo, 4 de março de 2007

Dia de Aniversário

Hoje, neste dia que assinala a comemoração do meu 30º aniversário, quero deixar registado um pequeno mas muito significativo texto que resume de uma forma muito sucinta trinta anos da minha vida.

Eu...
Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já sorri quando não devia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e saltei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, desiludi-me muitas vezes! Já chorei a ouvir musica e a ver fotos, já liguei só para ouvir uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)! Mas vivi e ainda vivo! Não passo pela vida...
Luto com determinação, abraço a vida e vivo com paixão, perco com classe e venço com ousadia porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito importante para ser insignificante...

A todos aqueles que estiveram presentes, física ou mentalmente, neste dia memorável da minha vida, os meus sinceros agradecimentos e acreditem que é por vossa causa que vivo e não apenas existo. São todos vós que fazem o que verdadeiramente sou...

MM

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

História da vida real

QUEM TE AVISA TEU AMIGO É...

Inerentes à minha actividade profissional estão deslocações frequentes em veiculo automóvel percorrendo centenas de Quilómetro na companhia exclusiva do meu ser. Em muitas dessas deslocações que normalmente são prolongadas em relação ao tempo de viagem, grande parte das vezes utilizo com relativa frequência o telemóvel para estabelecer contactos pessoais e na maioria das vezes profissionais. Além de aproveitar a rentabilização do tempo no período da viagem acabo por ter quase sempre presentes diversas companhias que vão ocupando o meu espaço mental e assim funcionam como agentes facilitadores de ocupação temporal. Já aconteceu algumas vezes atender uma chamada telefónica quando inicio uma viagem e apenas finalizar essa mesma chamada no término da deslocação, isto após um período temporário de duas horas consecutivas. Quando conto estas histórias aos meus amigos sou imediatamente advertido com palavras justas das quais reconheço inteiramente o seu valor. "…Tu és maluco, qualquer dia és apanhado... só mesmo tu para fazeres esses coisas... tens consciência do que estás a fazer... isso pode ser perigoso... nem parece teu Marco, não tens um auricular?... não compres um auricular que não é preciso!!!... Amigo compra um auricular...
Estes são alguns pequenos exemplos entre muitos outros que podia descrever.
A minha resposta perante todos os meus amigos(as) sempre foi a mesma sem alterar uma vírgula: Tens toda a razão, enquanto não for "apanhado" vou falando. É até um dia...
No final de todas as argumentações de ambas as partes, quase todos eles(as) terminavam da mesma forma: Olha quem te avisa teu amigo é...

Ontem, depois de um dia menos bom onde quase todas as coisas convergiam para a adversidade negativista (falta de vários formandos a convocatórias, selecções de formandos sem êxito, atrasos a compromissos de outras partes, formação que correu menos bem, perda de valores monetários entre outras), a vitória do Benfica frente ao Paços de Ferreira assistida no Estádio da Luz "in loco" veio minimizar o que de menos bom tinha acontecido.
Aquando do meu regresso a Sintra para pernoitar, e depois de deixar o meu primo Tiago no Cacém, deslocava-me no IC19 quando algo dentro do meu veículo começa a emitir um sinal sonoro, situação comum e frequente: O telemóvel estava a tocar. Com um impulso natural e quase inconsciente atendi de imediato e iniciei um diálogo que desta vez durou apenas breves minutos... (talvez o mais curto que tenha em memória)
Olhando pela janela lateral esquerda do meu veículo, na faixa de rodagem paralela estava a passar um carro patrulha da BT. A minha reacção imediata foi libertar-me do telemóvel para cima do banco do pendura e ter esperança que não tivesse sido visto a cometer a infracção. Essa esperança durou meramente breves segundos, após alguns metros percorridos umas luzes azuis intensas e intermitentes acenderam-se e quando dei por mim consciente do meu acto já me encontrava parado junto à saída para Rio de Mouro com o carro patrulha da BT na minha retaguarda.

Boa noite Sr. condutor, os seus documentos por favor (a celebre apresentação que não é muito agradável de ouvir e que dispensava naquele momento). Depois de uma volta pela frente do carro para confirmar o seguro e inspecção surgiu de novo a meu lado, comigo já no exterior formalizando outra pergunta:
Sabe porque o mandamos parar?
Consciente do meu acto e após breves segundos de ponderação sobre uma eventual desculpa credível para apresentar a minha consciência foi mais forte do que eu e com naturalidade umas simples, breves mas sinceras palavras saíram entre os meus lábios: Vinha a falar ao telemóvel.
Sem dizer uma única palavra o agente dirigiu-se ao carro patrulha para ir buscar toda a documentação para a passagem da autuação. Impávido e sereno assisti a todo o protocolo sem manifestar quaisquer palavras (poucos ou nenhuns argumentos tinha a meu favor). Estava um frio horrível e o meu desejo era chegar à cama o mais rapidamente possível.
Após todo o processo estabelecido e de ter pago os respectivos 120€ de multa através do multibanco e antes de abandonar o local ainda manifestei algumas palavras na tentativa de sensibilizar o agente para determinadas situações de bom senso e cidadania que deveriam ter em consideração.
O cansaço era tanto, depois de um dia que se inicio às 06h30, que quando cheguei à cama adormeci num sono intenso e profundo.
Recordo-me antes de adormecer a pensar nas eventuais desculpas que poderia ter apresentado com argumentos de alguma credibilidade mas a minha consciência revertia-se sempre para a vertente da RAZÃO. Eu ia mesmo a falar ao telemóvel e tenho conhecimento absoluto que não é permitido legalmente.
Tenho 677horas 49minutos e 14 segundos de chamadas recebidas no registo do meu telemóvel e foi preciso meramente menos de 1 minuto para pela primeira vez ser detectado a cometer uma infracção de uso incorrecto do telemóvel…

Hoje as coisas correram muitíssimo melhor, além de ter um auricular novo para o telemóvel, aprendi mais uma lição importante para a minha vida: Todas (ou quase todas) as coisas da vida estão definidas e devidamente regulamentadas, cabe-nos a nós decidirmos se as queremos cumprir/respeitar ou não... A partir dai é só uma questão de consciência.
Tento em permanência estar sempre bem com a minha. Porque só assim conseguirei viver feliz...

Cumprimentos
MM

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Carnaval

Passado o período carnavalesco não posso deixar de registar através de breves palavras o intenso e fantástico fim-de-semana vivido.
Não sendo um amante da folia do Carnaval não consigo deixar de me associar à época festiva devido ao "arrastamento" provocado pelo meu grupo de amigos.
O fim-de-semana de Carnaval foi vivido quase que exclusivamente num programa intensamente cultural: Na noite de Sábado assisti a um Mega Concerto da Visão no Pavilhão Atlântico com um cartaz magnifico: Xutos e Pontapés, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, GNR, Jorge Palma e Rádio Macau. Um super e muito agradável concerto que se iniciou às 09h30 em ponto (pontualidade Britânica, nada comum no nosso Pais), terminando pelas 03h30. Não posso deixar de destacar a brilhante e acima da média actuação dos Xutos, idêntica ao Vinho do Porto. No Domingo a continuidade cultural prometia e assim desloquei-me ao Casino de Lisboa para assistir a um espectáculo que tinha expectativas muito elevadas: STOMP, assim se designava o grupo que se propunha apresentar um conjunto de ritmos provenientes dos mais comuns objectos utilizados no nosso dia a dia. Com uma sala completamente esgotada iniciaram um espectáculo de cerca de duas horas com uma dinâmica surpreendente. Superou todas as minhas expectativas. É impressionante como a conjugação de vários elementos conseguem traduzir ritmos e movimentos vindos (quase) do impossível. Um exemplo concreto de como nada na vida tem sentido sem que haja uma interligação; nada na vida tem sentido sem que haja uma partilha, uma conjugação ou seja um colectivismo com objectivos singulares e comuns aos efeitos desejados. Um dos melhores espectáculos de ritmo, movimento, som e representação conjugados num único factor que vi até ao presente dia. Aconselho vivamente.
Depois de um intenso dia de descanso (segunda-feira) a noite aproximou-se e do nada surgiu um convite inesperado para um jantar com amigos. Depois de um intenso e longo jantar onde a comida e a bebida superaram as expectativas (uma vez mais), a pressão para me mascarar foi intensa, mas como é habitual não cedo a pressões e fui meramente a acompanhar (desmacarado) os mascarados. Dirigimo-nos para as Caldas e a festa começou logo na antiga praça do peixe onde um DJ passava músicas alusivas à folia carnavalesca. Entretanto após a chagada de umas amigas dirigi-me para o "sitio do costume" (Green Hill) onde a noite se prolongou até cerca das 08h00. Uma festa muitíssimo agradável onde me diverti imenso na companhia das pessoas que sempre me têm transmitido imensa alegria de viver.
Em titulo conclusivo quero deixar expresso e registado que muitos de nós temos tendência para em determinadas circunstancias da nossa vida usarmos determinadas "mascaras" para escondermos diversos sentimentos, circunstancias de vida e outras coisas que não pretendemos demonstrar publicamente ou a quem mais gostamos. Por vezes esta época festiva permite-nos ostentar de uma exuberância fora do normal e assim representarmos aquilo que mais desejaríamos de ser e/ou fazer.
Sinceramente NUNCA (associado ao passado) tive necessidade de me "mascarar" para as situações adversas (ou não) que a vida me tem proporcionado, e mesmo sem máscaras consigo viver e divertir-me de igual forma (ou mais) que os outros que andam mascarados para disfarçar sentimentos.
A todos vós muitos e intensos cumprimentos...
MM

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Quando me amei de verdade

Na escola da vida constatamos factos que nos fazem aprender imenso com as experiências vividas, conhecimentos partilhados, e sobre tudo adversidades ultrapassadas que nos tornam mais fortes e conscientes das nossas verdadeiras capacidades. Embora com uma idade que considero relativamente jovem já passei por determinados momentos que me obrigaram a reflectir sobre a verdadeira razão do meu viver. Momentos esses que permitiram um auto conhecimento e acima de tudo uma avaliação pormonorizada das minhas reais e possíveis capacidades na ultrapassagem de adversidades em várias vertentes, sejam elas físicas e/ou emocionais. Por tudo o que tenho vindo a viver, constato que dia após dia aprendo um pouquinho mais sobre mim próprio e sobre as pessoas com quem convivo. Associado a este pequena introdução quero partilhar convosco algo que li e que se enquadra perfeitamente naquilo que pretendi transmitir anteriormente na descoberta dos meus valores pessoais e profissionais. Algo que está completamente direccionado ao meu ser e que pretendo partilhar convosco

Quando me amei de verdade...

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E, então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou a ir contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é: autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje, chamo isso! ... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento, ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje, sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a livrar-me de tudo o que não seja saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, a minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje, sei que se chama... Amor próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.
Hoje, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje, sei que isso é...Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Hoje, descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar a reviver o passado e de me preocupar com o Futuro. Agora, vou mantendo-me no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje, vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me.
Mas, quando a coloco ao serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é.... SABER VIVER.

Não devemos ter medo dos confrontos...
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Cumprimentos
MM

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Triplo Filtro

Olá amigos...
Hoje quero deixar-vos uma reflexão muito importante e acima de tudo bastante útil para podermos ultrapassar determinadas adversidades que a nossa sociedade actual nos submete através das influências sociais a que somos expostos. Muitos dos conflitos surgem da forma como nós nos expressamos através dos vários meios de comunicação e principalmente da forma como partilhamos as informações uns com os outros. Todos nós temos consciência de que muitas das mensagens que diariamente pretendemos transmitir às pessoas com quem pretendemos comunicar não são muitas das vezes interpretadas como mais desejaríamos, causando em determinadas situações algumas inconveniências entre as pessoas. Esta dificuldade ainda vamos conseguindo superar quando existe boa intencionalidade na transmissão das mensagens e agimos de plena boa fé. O grande problema que a sociedade apresenta, nos vários extractos sociais, está associada ao facto de que muitas das comunicações e partilhas de informação estarem "envenenadas" com intencionalidades que vão muito além do contexto real da informação/mensagem, onde existem segundas intenções com o objectivo de denegrir terceiros. Todos nós sabemos que algumas das pessoas com quem convivemos diariamente são capazes de TUDO para atingirem os seus objectivos, mesmo que para isso tenham que prejudicar até as pessoas mais próximas.
Tendo em consideração a minha forma de ser e estar para e com a vida, para mim o que prevalece sobre qualquer circunstancia de relacionamento interpessoal é aquilo que verdadeiramente somos em termos individuais e que personaliza o nosso ser. Ninguém é igual a ninguém, e continuo a afirmar que todos nós somos aquilo que queremos ser.
Um dos principais factores que determina a nossa personalidade é a nossa própria consciência que está subdividida em vários níveis. Para que nós possamos estar em permanência bem com a nossa consciência, e que sejamos exemplo para os outros (tendo em consideração que comportamento gera comportamento) vou deixar-vos de seguida uma ferramenta muito útil associada aos contexto da comunicação e a toda a exposição que descrevi anteriormente. Chama-se o Triplo Filtro e é originária da antiga Grécia de um mestre da sabedoria: Sócrates

O TRIPLO FILTRO

Um dia, um conhecido encontrou-se com o grande Filósofo e disse-lhe:
- Sabes o que ouvi sobre o teu amigo?
- Espera um minuto, disse Sócrates.
- Antes que me digas qualquer coisa, quero que passes por um pequeno e rápido exame. Chama-se Triplo Filtro
- Triplo Filtro, perguntou o outro...
- Correcto, afirmou Sócrates.
- Antes de falares do meu amigo, vou filtrar três vezes o que vais dizer.
É por isso que lhe chamo de "Triplo Filtro"
O primeiro filtro é a VERDADE.
Tens plena certeza de que o que me vais dizer é verdade?
- Não, disse o homem, realmente só ouvi sobre isso e...
- Bem, disse Sócrates, então você não sabe se realmente é verdade ou não.
Agora vou aplicar o segundo filtro, o filtro da BONDADE.
- O que me vai dizer do meu amigo é algo de BOM?
- Não, pelo contrário...
- Então, quer dizer-me algo de mau do meu amigo, no entanto não tem a certeza que seja verdade.
Mesmo que agora quisesse ouvi-lo, ainda não poderia porque falta um filtro, o filtro da UTILIDADE.
- Servirá para algumas coisa, saber o que você me vai dizer sobre o meu amigo?
- Não, na verdade não.
- Bem, concluiu Sócrates.
Se o que me pretendes dizer não tens a certeza que é verdade, não é bom e nem sequer me irá ser útil... porque iria eu querer saber???

Sempre que alguém vos queira fazer qualquer tipo da avaliação, juízos de valor, apreciação de pessoas que verdadeiramente vocês gostem utilizem o Triplo Filtro e constatarão que grande parte das informações que vos querem transmitir tem outra intencionalidade além da partilha sincera e de boa fé que pretendem muitas vezes demonstra.

Cada vez mais a velhinha mas sempre actual máxima se associa à partilha de informação: "Não acreditem em tudo o que vos dizem"

MM

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Tempo perdido (ou não)

Noite de Sábado para Domingo, normalmente vivida intensamente na companhia dos amigos num espírito integral de boa disposição, mente aberta, nostalgia, divertimento e acima de tudo muito muito bem estar emocional junto daqueles que nos fazem verdadeiramente felizes na razão da existência do nosso viver. Noites que normalmente se prolongam até ao nascer do sol e que permitem compreender determinadas circunstâncias que têm tempo e momentos próprios para serem vividas.
Hoje contrariamente ao que é normalmente habitual estou "preso" no meu habitual local de trabalho em virtude da realização de um curso no período de fim-de-semana.
Nestas horas "mortas" onde as ofertas de ocupação temporal em socialização são muito reduzidas, resta-nos o mundo virtual para ser explorado. E a questão que se coloca é a seguinte: Será que estou a perder tempo da minha vida pessoal para dar resposta a uma responsabilidade profissional? Podia muito bem estar em Óbidos com os meus amigos e acabo por estar aqui fechado em São João da Madeira em frente ao PC a dissertar vagamente sobre uma questão (quase que) filosófica. O que penso verdadeiramente sobre esse assunto em particular, e depois de ter ultrapassado algumas adversidades quer físicas quer emocionais, para mim não existe tempo perdido, existe sim uma racionalização do mesmo de acordo com as nossas realidades pessoais e profissionais, ou seja de acordo com o momento vivido deveremos encontrar soluções através das ferramentas que dispomos no momento para aproveitarmos todos os minutos e segundos a fazer algo que nos realize, o mínimo que seja, em termos pessoais e/ou profissionais. Não escondo que o mundo virtual inerente à Internet seja um dos meus recursos actuais, no entanto como já tive oportunidade de manifestar numa exposição anterior por vezes, quando é excessivamente utilizada como recurso para "passar" o tempo torna-se perigosa e até mesmo venenosa.
Depende (quase) exclusivamente de nós próprios, encontrarmos soluções para contornar os cenários onde o tempo (pensamos nós) não é verdadeiramente aproveitado, e que muitas vezes classificamos como tempo "perdido".
Partilhando convosco as minhas alternativas para combater os ócios da vida, elas passam por duas grandes vertentes distintas, que se podem interligar com relativa facilidade: A primeira e sem ordem especial de preferência está associada à leitura, onde tenho aprendido imenso através de reflexões de autores sobre os mais variadíssimos temas do comportamento social e pessoal que tanto me fascina; A outra vertente associa-se ao cinema em casa (neste caso concreto no trabalho) onde se podem retirar mais valias extremamente importantes no campo das aprendizagens e saberes, apenas temos que escolher os filmes certos para os momentos mais adequados ao nosso estado de espírito.
Para terminar de uma forma conclusiva quero reforçar a ideia que o tempo só se torna verdadeiramente “perdido” se nós próprios assim o desejarmos. Apresento e aconselhando duas excelentes alternativas (numa opinião muito pessoal) para que nos momentos onde possam pensar que não estão a usufruir integralmente do valor inqualificável do TEMPO possam assim aproveitá-lo utilmente na vossa formação pessoal.

Cumprimentos

MM

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

As pessoas

Depois de um dia intenso a viajar em deslocações profissionais, normalmente esse tempo é aproveitado para reflexões, e hoje por diversos motivos o tema enquadrou-se intensamente nas pessoas que dia após dia convivem comigo a nível profissional e que por inerência acabam por interferir muitas das vezes na nossa vida pessoal, criando-se afinidades resultando assim agradáveis amizades. No entanto também existe o reverso da medalha se assim o podermos classificar, ou seja aquelas pessoas que nós acreditamos plenamente nas suas virtudes pessoais e profissionais e que por um motivo ou outro acabam por nos desiludir através de acções e/ou palavras proferidas com a intencionalidade de nos afectar.
Infelizmente (ou felizmente se for avaliado no contexto da aprendizagem) durante esta minha curta mas intensa experiência profissional já pude constatar estas duas versões, prevalecendo (felizmente) com muito maior incidência aquelas pessoas que me fazem acreditar que tudo na vida vale a pena quando somos compreendidos por alguém.
Nestes onze anos de actividade profissional que desenvolvo numa actividade dinâmica e que me faz muito feliz na realização pessoal, tenho aprendido imenso no contexto do relacionamento interpessoal.
Constatei que ao longo de todos estes anos existem diferentes formas de ser e estar no trabalho: aquelas pessoas que são dinamizadores e que através do conhecimento tentam sempre ir mais além; as pessoas que devido a limitações tentam independentemente dos resultados lutar na obtenção dos objectivos; as pessoas que pensam que são donos do conhecimento e verdade mas depois conclui-se que nada sabem e poucas verdades dizem; as pessoas que pensam que têm uma estabilidade profissional conquistada e acomodam-se; as pessoas que se querem implementar com uma nova dinâmica e vêm os seus projectos serem anulados por outras e acabem por desistir dos mesmos e outras pessoas com uma persistência tremenda que independentemente de serem ouvidos ou não levam os seus ideais até ás ultimas circunstâncias. Normalmente são essas últimas que prevalecem na conquista das suas ambições e crescem no sentido profissional. Aprendi que devemos sempre acreditar nas nossas ambições até que algo ou alguém nos prove o contrário; aprendi também que devemos ter a capacidade para avaliar todas as situações e se existir alguma melhor que a nossa termos a humildade de a reconhecer e de a validarmos; aprendi que as nossas conquistas dependem imenso das nossas vontades e sobretudo da forma como acreditamos nelas e as expomos. Todos somos diferentes, mas todos temos as oportunidades para mostrarmos os nossos valores que puderam ou não serem reconhecidos.
Para terminar quero deixar-vos uma simples e curta história mas com um sentido de reflexão tremendo para contextualizar e de certa forma fundamentar o meu discurso anterior.

As cobras das nossas vidas...
Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rapidamente com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não pertences
- Fiz-te alguma coisa de mal?
- Não fizeste nada de mal
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!

E assim, diariamente tropeçamos em cobras!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Aderi ao mundo virtual

Hoje é um dia particularmente importante dedicado à virtualidade. Este fim de semana passado foi reservado quase exclusivamente às compras pessoais de vestuário, aproveitando a época de saldos, nos locais mais apropriados às ofertas tendo em consideração o factor económico. Desloquei-me ao Campera – Carregado e Freeport – Alcochete e não tenho registo memorial de ter comprado tantas peças de roupa num só dia (um blusão, um polar, um casaco, dois pares de calças de ganga e um blaser). Isto por si só já é digno de registo.
No entanto o que vos quero transmitir verdadeiramente, e associado ao mundo do virtualismo, é o facto de estar pela primeira vez a escrever estas palavras no meu Blog pessoal, na minha própria casa (que está muito quentinha), no meu próprio escritório, no meu próprio computador. É verdade, este fim-de-semana aderi à Cabovisão e tenho um fantástico serviço (assim espero) de TV e Internet. Ultimamente tenho intensificado a minha presença neste mundo virtual onde não deixamos de aprender uns com os outros, conhecer novas pessoas, trocar ideias e experiências de vida, permitir que as novas tecnologias nos proporcionem facilidades de comunicação e assim melhorias de rendimento quer a nível profissional assim como a nível pessoal. Esta é a vertente positiva que a Internet associada ao virtualismo, que por vezes nos permite concretizar o realismo, tem para nos oferecer, no entanto, como em tudo na vida existe o lado menos bom, como é o exemplo da dependência, da criação de ilusões, do excesso de tempo investido preterindo a companhia de amigos e familiares entre outras coisas boas que o mundo e a vida nos tem para nos oferecer. Devemos ter em consciência que tudo o que é em excesso causa dissabores, assim sendo é preponderante conseguirmos dosear e gerir o tempo que despendemos ligados ao virtualismo, quer em termos profissionais quer em termos pessoais.

Deixo-vos agora uma história, para vossa reflexão, sobre as diferentes visões da virtualidade, que quer queiramos quer não estão bem presentes no nosso mundo real e que muitas vezes não queremos acreditar nelas.

O Mundo Virtual

Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são. Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é? Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um.
Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.
- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem? Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora. O peso na consciência, impedem-me de o dizer.Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.
Então sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor o que está fazer?
- Estou a ler uns e-mail.
- O que são e-mail?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor você tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer.Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Que bom isso. Gostei!
Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?!
– Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
-A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.
-Isto é virtual não é senhor???
-Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas caíssem sobre o teclado
-Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Brigado senhor, você é muito simpático!".
-Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!