segunda-feira, 28 de maio de 2007

Organização e Disciplina

Hoje estive presente no meu primeiro incêndio florestal do presente ano, que deflagrou no Casal do Alvito – Gaeiras. Pretendo com esta mensagem partilhar as avaliações registadas inerentes à organização e disciplina implementada neste incêndio em particular

Sendo dado o alerta pelas 14h30 deslocaram-se no imediato para o local os elementos escalonados ao veiculo florestal de combate a incêndio e só posteriormente, e devido às necessidades de recurso humanos e materiais, me fiz deslocar com outros 2 elementos num veiculo de comando em simultâneo com outro veiculo tanque.
À minha chegada e sendo o elemento mais graduado presente no teatro das operações e por inerencia Comandante das Operações de Socorro, senti uma necessidade de reorganizar quer os recursos humanos assim como os recursos materiais. Neste sentido mandei posicionar o veículo tanque num largo junto à estrada municipal, procedi à troca do elemento mais graduado que vinha no veículo tanque com um menos graduado que trazia no veículo de comando e desloquei-me para um dos flancos do incêndio. À minha chegada o incêndio já estava circunscrito e com relativa facilidade foi extinto.
No final das operações de rescaldo e depois de arrumado todo o equipamento e material nos respectivos veículos, concentramo-nos todos junto a um largo perto de uma habitação para ser realizado o habitual Breifing. Durante o mesmo foram relatados factos de organização e disciplina que podem por em causa toda a orgânica de implementação dos meios humanos e materiais na concretização de um objectivo.
Foram focados os aspectos de hierarquização em termos de distribuições de funções (homem da agulheta, homens das mangueiras, manobradores de bombas); Comunicação e passagem de informação; Uso abusivo de sirenes; Uniformização e apresentação.
Este pequeno incêndio onde não surgiram dificuldades acrescidas no seu domínio e extinção serviu para serem implementadas determinadas regras e procedimentos disciplinares que são imprescindíveis na organização e coordenação de qualquer teatro de operações.

Porque é nos pequenos incidentes que se devem implementar estruturas organizativas de base para corrigir as dificuldades sentidas nos grandes sinistros, deixo aqui expresso esta mensagem.

Abraços

MM

quinta-feira, 24 de maio de 2007

2 Amores

Neste dia em particular onde surgiu a oportunidade de ir ao Teatro Villaret assistir à peça anteriormente intitulada, pretendo aqui deixar registado a história inerente ao espectáculo protagonizado por José Pedro Gomes e António Feio entre outros actores e actrizes de renome Nacional.

A peça de teatro relata a história de um típico Português (taxista) que leva uma vida dupla repartida por duas mulheres (José Pedro Gomes) e que num determinado momento da sua vida, após ter sofrido um pequeno acidente de viação, não consegue estabelecer a rotina diária de encontros com as duas mulheres que fazem parte da sua vida, e procura encontrar uma solução para justificar o acidente a dois agentes da policia sem comprometer a sua vida dupla. Na tentativa de ajuda a este taxista surge o fiel vizinho e amigo solteirão (António Feio) que entra no enredo na tentativa de encontrar soluções que possam descomprometer o amigo, fazendo-se passar por várias figuras como agricultor, marido, Pai, entre outras.

Esta comédia hilariante e muito agradável com a duração de mais de duas horas regista sem duvida alguma uma realidade cada vez mais presente no mundo moderno e principalmente demonstra a pertinência que o Português, mais que ninguém no mundo, consegue encontrar soluções momentâneas para resolver problemas complexos e sem solução aparente.
Não percam a oportunidade de ver esta peça de teatro que anda em digressão Nacional

Cumprimentos

MM

domingo, 6 de maio de 2007

Dia da Mãe - Para ti Mãe linda

Neste dia que celebra o dia da Mãe comemorado a todos os primeiros Domingos do mês Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo, não posso deixar de fazer uma referência em especial à melhor Mãe que a humanidade algum dia pode ter: A MINHA MÃE.

Certamente que muitos de vós podem não estar de acordo com a minha afirmação anterior, que compreensivelmente eu respeito, no entanto apenas tenho que reportar-me ao sentimento que está associado à minha pessoa e tendo isso em consideração quero aqui deixar registado em particular uma mensagem especial para a minha adorável Mãe que merece tudo o que existe de bom no mundo.

Mãe linda, sabes que desde sempre tiveste influencia na minha forma de estar e ser perante a vida, tenho-te como referencia e sei o quando de bom tens para partilhar com as pessoas de quem gostas e em particular com a nossa família que é enaltecida com a tua presença. Desde muito cedo que me ensinas-te a mim e ao meu mano os princípios fundamentais da vida que através do exemplo nos conseguiste incutir e desenvolver: Respeito, sinceridade, compreensibilidade, humildade e tantos outros adjectivos que se associam às coisas boas que herdei da tua parte. Esta herança de um valor incalculável nada nem ninguém jamais me poderá retirar.
Tens demonstrado perante tudo e todos, através de actos e atitudes, que no interior do teu ser existe uma energia inesgotável de amor para dar, inerente a um coração do tamanho do universo. Não posso deixar de referir também que infelizmente tens dado muito mais do que recebido, no entanto o tempo permitirá que sejas recompensada da melhor maneira. Amas o meu Pai incondicionalmente e já demonstras-te por diversas vezes que tens a capacidade e força para ultrapassar qualquer adversidade que possa surgir na tua vida. Tens um amor-próprio pelo meu irmão que nunca em momento algum da tua vida foi diferente daquele que tens sentido e dado a mim.
No período mais difícil da minha vida nunca deixas-te de estar presente e todos os dias, sem excepção, durante mais de 2 anos estiveste sempre a meu lado e foste com toda a certeza do mundo a minha salvação. Nenhum médico do mundo teria a cura para a minha doença se a tua presença física e emocional não estivesse comigo no período mais doloroso fisicamente da minha vida. Por muitos anos que possa viver e por muitos actos que possa desenvolver nunca irei conseguir retribuir com a mesma "moeda" tudo o que fizeste por mim. Tenho plena consciência que todos os problemas inerentes ao teu estado de saúde foram o produto final de um acompanhamento incondicional que tiveste em permanência para não me deixares morrer. Senti em determinados momentos que eras capaz de dar a tua vida em troca da minha; Senti em determinados momentos que as tuas forças físicas e emocionais se estavam a esgotar, no entanto em momento algum deixas-te de estar presente; Senti que ainda tinhas forças para poder ajudar e compreender os outros doentes que me ladeavam; Senti que o verdadeiro amor de Mãe torna-se imprescindível quando mais precisamos dele.
Mãe, amo-te muito e serás sempre e em qualquer circunstancia a mulher da minha vida.
Desculpa-me se inconscientemente fiz algo que te pudesse magoar e não te sentisses orgulhosa de mim, se por algum momento o fiz acredita que não era a minha intenção propositada em o fazer, reconheço que não sou perfeito e também cometo os meus erro.
Prometo-te toda a minha lealdade, respeito e sinceridade; Prometo-te que enquanto estiveres neste mundo complexo onde crescemos e aprendemos uns com outros nunca te abandonar e dar-te-ei todo o apoio que mais necessitares para que te sintas SEMPRE orgulhosa de ti própria, pelo facto de teres ensinado a um filho que te ama incondicionalmente todas as coisas boas que a vida nos permite aprender.
Mãe, estarás sempre em permanência no meu coração e nada nem ninguém irá ocupar um lugar que é na exclusividade reservado só para ti, estejas onde e com quem estiveres, neste ou noutro mundo.

Do teu filho que te ama e amará mais que ninguém do mundo

Marco Martins

sábado, 5 de maio de 2007

Falta de compreensão e consideração

Presente em mais um seminário, desta vez sobre o mergulho, que são cada vez mais uma constante no quotidiano profissional, constatei algo muito importante relacionado ao reconhecimento e aprendizagem humana.
A belíssima cidade de Viseu serviu uma vez mais de anfitriã para a realização de mais umas jornadas nacionais de mergulho (primeiras internacionais) onde estive presente como palestrante a apresentar um tema sobre buscas subaquáticas. Enquadrados no mesmo programa e presentes na mesma mesa estava um representante Espanhol e um Americano. Tendo sido eu a fazer as honras da casa e assim iniciar a minha apresentação, seguiu-se o representante Espanhol que relatou a sua experiência e finalmente o encerramento dos trabalhos ficou da responsabilidade do palestrante Americano.

Nesta mesma pessoa está concentrada toda a base da minha mensagem.

Com algumas dificuldades em expressar-se na língua Portuguesa, mas com muito boa vontade de partilhar connosco a sua experiência e principalmente aprender algo de novo (como foi referido várias vezes pelo mesmo) o Sr. Americano começou a sua apresentação, sem o recurso a meios tecnológicos (PowerPoint e videoprojector), expressando-se (com algum esforço) na língua Portuguesa para que todos os presentes pudessem compreender. Como as dificuldades de expressão se evidenciavam recorria com alguma frequência ao calão referindo a palavra "gajos" em vez de "pessoas" ou "elementos".
A primeira vez que a terminologia foi utilizada até teve a sua graça, no entanto sempre que a mesma era usada (quase) toda a plateia abusava de um riso incontrolável que cada vez mais era sentido pelo palestrante. A questão fundamental da atitude aqui focada está na capacidade de nós sabermos gerir os sentimentos. Foi demasiado desagradável a "falta de respeito" para com a pessoa que estava presente perante uma plateia que tinha por objectivo aprender através da partilha de experiências, por falta de capacidade de controlo das emoções. É muito desagradável quando alguém se ri de nós e por razões várias não sabemos as causas. Aconselho a todos vós que sempre que colocarem em causa algo ou alguém que se coloquem no lugar dessa pessoa e tentem perceber as dificuldades que a mesma possa estar a passar.

Deixo para reflexão algo que faz parte dos meus princípios de vida: Não façam aos outros aquilo que não gostassem que vos fizessem a vós, façam aos outros aquilo que gostassem que vos fizessem a vós...

Cumprimentos

MM