sábado, 31 de março de 2007

Um novo ser proporciona uma nova vida


Ao abordar a temática das relações não posso de forma alguma generalizar as circunstancias que proporcionam a estabilidade emocional entre casais. São vários os factores que colocados em cima de uma balança permitem que haja um equilíbrio que possa dar continuidade a essa relação. Não podemos nem devemos generalizar as avaliações feitas às relações porque na verdade as mesmas devem ser avaliadas individualmente e mais importante que tudo quase que exclusivamente pelos principais intervenientes: O CASAL, no entanto reconheço que uma ajuda complementar é imprescindível para a resolução de determinados parâmetros de compreensibilidade e comunicação.
Por diversas vezes tenho ouvido por parte de amigos e amigas que numa relação conjugal onde várias adversidades podem causar uma instabilidade na relação, o aparecimento de um novo ser não é certamente a solução para os problemas evidenciados. Não posso deixar de concordar com a afirmação anterior até porque um filho(a) acarreta uma séria de responsabilidades acrescidas que têm que ser muito bem geridas pelo casal. Normalmente as justificações para a afirmação anterior prende-se ao facto de que se os problemas existem e estão identificados no relacionamento não será certamente a presença de uma terceira pessoa comum ao relacionamento que irá solucionar aquilo que anteriormente deveria ser resolvido. Normalmente a falta de comunicação, dialogo e compreensão são a base da generalidade das dificuldades inerentes ao casal, assim como a rotina.
Tendo em consideração o constatado no seio familiar tenho que deixar expresso um exemplo contrário ao anteriormente referido e assim poder defender a tese que cada caso é um caso e tem soluções diferentes.
Num ambiente onde não existia compreensão, dialogo e abertura para serem realizadas tarefas e acções para ocupar a vertente do lazer e tempos livres que todos nós não devemos prescindir, algo de novo surgiu no seio da relação dos meus Pais: Uma nova criança
Os meus Pais passaram por uma fase extremamente difícil e que por razões várias não estava a ser bem digerida por ambos. As doenças que os afectam fisicamente não permitem um controlo emocional adequado para gerir determinados "conflitos" emocionais que embora pareçam simples ao olhos de muita gente, para quem sofre de problemas de saúde como depressões, diabetes e outras doenças mais, as circunstâncias não são as melhores para a solução dos problemas.
Depois de aparecer uma criança no seio da relação, criança essa que a minha Mãe tem sobre sua responsabilidade enquanto os Pais biológicos desenvolvem a sua actividade profissional, tudo mudou radicalmente, como se um novo dia renascesse.
Essa linda criança que trouxe de novo um espírito familiar e vivacidade na casa dos meus Pais tem permitido uma harmonia familiar digna de exemplo referencial.
O meu Pai anda muito mais calmo, compreensivo, atencioso e até consegue evidenciar actos de carinho perante uma nova vida que veio ressuscitar a vontade de viver de ambos. Por diversas vezes ouvi da parte da minha Mãe que o meu Pai já fez à bebé coisas que nunca fez a mim nem ao meu irmão enquanto crianças, como por exemplo mudar uma fralda.
A Beatriz que tem 10 meses de idade teve alguma dificuldade de adaptação a uma nova realidade familiar mas que presentemente está totalmente ultrapassada demonstrando em permanência um sentimento de alegria e muito boa disposição sempre evidenciado com um sorriso de cortar a respiração até ao mais sensível ser.
Finalmente uma referencia para a melhor Mãe do mundo do qual eu tive a sorte de ser filho, ser educado e criado.

Mãe linda, tu que serás sempre a mulher da minha vida contínuas a demonstrar algo que te qualifica como o maior ser existente no universo. A tua simplicidade, sensibilidade, compreensão, carinho, atenção e outros tantos adjectivos que são insuficientes para qualificar verdadeiramente o teu ser faz de ti uma referência incomparável e inigualável do qual eu tenho sempre muito orgulho em fazer-me representar. Irei fazer sempre o dobro daquilo que fizeste por mim e assim justificar toda a gratidão da minha vida.
Amo-te muito Mãe

MM

sexta-feira, 30 de março de 2007

O Poder da Sinceridade

Todos nós cometemos erros, haja o primeiro que tenha a coragem de assumir o contrário.
No entanto o que nos diferencia uns dos outros, seres humanos racionais, é de facto a forma como assumimos esse mesmo erro e de particular importância a forma como podemos aprender com o erro cometido e assim valorizarmos mais o nosso ser.
O erro é um factor que assola qualquer ser humano, todos temos receio de errar e evitamos ao máximo cometer falhas que possam comprometer o nosso ser e a nossa credibilidade.
A credibilidade, o orgulho, o estatuto, são factores que nos condicionam de assumirmos os nossos erros e que nos deixam intranquilos em termos de consciência. Quantos de nós já não erramos e por "medo" receio de assumirmos as consequências, de ferir o nosso próprio orgulho remetemo-nos ao silêncio? Certamente que muitos. No entanto a grande diferença está nas pessoas que conseguem lidar melhor ou pior com o erro, no sentido de poderem tirar as mais valias positivas do mesmo. Certamente que todos temos consciência que o erro é como as desculpas, não se devem pedir mas sim evitar, no entanto ninguém está imune à imperfeição.
Esta introdução serve para vos enquadrar na exposição que pretendo apresentar de seguida e que também se evidenciou numa acção de formação onde estive presente.
Durante a realização dos exames práticos alguém que cometeu um erro. Na tentativa de procurar todos os recursos e alternativas credíveis para tentar dar resposta a uma necessidade, foi cometido por parte do formando uma ilegalidade. No momento da realização dos exames práticos essa ilegalidade não foi detectada e por essa razão o formando conseguiu atingir os objectivos mas infringido as regras e determinados princípios inerentes ao ser humano como é o exemplo da honestidade.
Como a verdade vem sempre ao de cima, mais tarde ou mais cedo acabamos por constatar os factos reais e verdadeiros e este caso não fugiu à regra. Passado algumas horas foi detectado e ilegalidade por parte de um dos elementos da equipa de formação que expôs o caso superiormente. Já era tarde de mais pelo facto de os formandos já terem abandonado o local de formação, de se ter validado favoravelmente a prova realizada e acima de tudo por não existirem provas fidedignas mas sim um conjunto de factos que evidenciavam a ilegalidade. Um ambiente de consternação e indignação assolava toda a equipa de formação. Todos sem excepção sentiam-se plenamente enganados, usados, gozados e impotentes para poderem solucionar o caso de uma forma onde imperasse a justiça. Só havia uma solução que passava por confrontar a pessoa com o sucedido e avaliar a reacção da mesma. Apenas duas possibilidades poderiam resultar da tentativa de resolução do problema: A primeira, o formando referia que não tinha cometido nenhuma ilegalidade e por falta de provas concretas ele teria aproveitamento no curso mas perdia toda a sua dignidade como pessoa e nunca mais seria credível perante a instituição formadora; A segunda, o formando assumia o erro cometido e o problema ficava solucionado onde todos nós envolvidos no processo ficaríamos bem em termos de consciência. Cabia-me a mim tomar a iniciativa e confrontar o formando com todo o cenário descrito anteriormente. Estava com relativa vantagem em relação à equipa de formação pelo facto de conhecer antecipadamente o formando de outras acções anteriores e tinha-o como uma pessoa digna de respeito e de exemplo. Era uma pessoa formada com um grau académico superior e já tinha dado provas no passado que me permitiam continuar a credibilizar o seu ser. Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, pelo facto de ter abandonado o local da formação, tive que o fazer pelo telemóvel.
Não foi fácil porque o assunto era muito sensível e poderia por em causa uma amizade, uma pessoa, um princípio, duas ou mais instituições e acima de tudo várias consciências.
Depois de lhe ter reportado todos os factos registados na descoberta da ilegalidade, sem qualquer vacilação a resposta foi simples, concisa e extremamente directa: "É verdade, eu não fui correcto, cometi um erro..."
Após estas breves palavras algo dentro de mim rejuvenesceu, um dos princípios fundamentais da socialização e prosperação do relacionamento interpessoal prevaleceu sobre qualquer outro sentimento: A SINCERIDADE.
Aquele homem após ter proferido aquelas palavras, e embora tenha cometido o erro que já ninguém podia corrigir, continuou a ter a mesma credibilidade que tinha anteriormente em relação à minha pessoa.

Grande amigo, que continues sempre com os teus princípios de vida porque tens muito para conquistar em termos pessoais e profissionais e se tiveres que procurar alternativas para solucionar os teus problemas NUNCA recorras às menos correctas, porque podes perder toda a credibilidade que dia a dia vais conquistando nas pessoas.
A sinceridade, honestidade, transparência e acima de tudo a nossa honra permitem perante tudo e todos prevalecer sobre qualquer adversidade que a vida nos possa proporcionar e assim estarmos bem principalmente com nós próprios e a nossa consciência.

Abraços

MM

sexta-feira, 16 de março de 2007

O Acreditar

No decorrer do curso de mergulho – nível II ministrado na Escola de Mergulhadores da Armada – Alfeite assisti a uma realidade que pretendo partilhar convosco.
Estávamos a meio da primeira semana de formação, no dia antecedente às avaliações práticas que são eliminatórias e que condicionam a continuidade da formação. Num exercício onde apenas os formandos tinham que nadar debaixo de água sem recurso a máscara um deles não conseguiu adoptar-se ao meu aquático e assim realizar o exercício. Justificava-se que não consegui abrir os olhos debaixo de água e ao tentar fazê-lo sentia-se inconfortável e inseguro. Após várias tentativas sem qualquer êxito e sempre a referir que não era capaz o formando em causa dirigiu-se a mim e disse-me: Marco eu não sou capaz. Olhei-lhe nos olhos e não fiz qualquer comentário. Voltou novamente para o interior da piscina e na companhia de um formador voltou a tentar e a dizer continuamente "eu não sou capaz". Abordei-o junto da piscina e disse-lhe: "Chança tu és capaz". Ele muito sentido e com um ar derrotado completamente desesperado porque sabia que provavelmente teria que abandonar o curso referiu novamente: "Marco eu não sou capaz" e na verdade ele não consegui realizar o exercício.
No dia seguinte, reservado exclusivamente para a realização dos exames práticos que davam acesso à segunda semana de formação, todos os formandos tinham que obter aproveitamento para poderem dar continuidade à formaçã. Num exercício eliminatório que consiste em deixar todo o equipamento de mergulho no fundo da piscina, vir à superfície e voltar a recuperar o equipamento a uma profundidade de 4 metros, o mesmo formando referido anteriormente efectuo o mergulho correctamente, deixou todo o equipamento no fundo da piscina, veio à superfície sem equipamento e deu inicio à recuperação do mesmo. Após uma primeira tentativa sem êxito, ao voltar novamente à superfície sem equipamento o formando bateu furiosamente na água e referiu: "eu vou ser capaz". Voltou a mergulhar para recuperar o equipamento e passado alguns segundos surgiu novamente à superfície de novo sem ainda o desejado equipamento. Ainda mais furioso consigo próprio e manifestando esse sentimento através dos movimentos que fazia na superfície da agua continuava a dizer, agora com mais força e convicção "eu sou capaz". Numa terceira e última tentativa permitida para a realização da prova, o Chança voltou e mergulhar e desta vez permaneceu mais alguns minutos debaixo de água. Nós à superfície aguardávamos ansiosamente pelo resultado final. Passados alguns minutos a equipa de formação não consegui deixar de esboçar um sorriso de satisfação pelo êxito alcançado manifesto da força de vontade, crença e principalmente o acreditar que era capaz.
O Chança surgiu na superfície um sorriso glorioso que permitiu continuar na formação acreditando em permanência nas suas próprias capacidades pessoais.

Um exemplo vivo que demonstra a vontade do crer e do poder

Cumprimentos

MM

sexta-feira, 9 de março de 2007

Uma nova máquina

Quem me conhece minimamente sabe como não é nada fácil para mim desfazer-me de algo que me demonstre credibilidade para o efeito que foi concebido. Reporto-me concretamente aos bens materiais no entanto com as pessoas não existe grandes divergências: de quem gosto verdadeiramente dificilmente será excluído do meu coração. Mas falando concretamente em bens materiais tenho por hábito utilizar todo e qualquer equipamento até ao seu limite de vida e mesmo nessas circunstância acabo por os guardar religiosamente: Tem sido assim com os meus manuais escolares (desde a 1º classe) o meu veículo automóvel (Renault Clio 1.9D), a minha primeira aparelhagem (gira disco) o meu primeiro despertador (oferecido pelo meu Padrinho) entre outras coisas mais. Fazendo referencia ao telemóvel desde 1997 apenas tive 3 e um único numero (que não vou divulgar por razões de segurança): Um Sagem 710 (comprado numa promoção da BP), um Nokia 3330 e um Nokia 6310 (encontrado no chão da rua desbloquado sendo o telemóvel de referencia até ao momento). Infelizmente e com imensa pena minha, este meu ultimo telemóvel sofreu uma avaria considerável que condicionava as minhas comunicações móveis. Como não posso nem consigo viver isolado do mundo e principalmente das pessoas senti-me na necessidade de substituir esta "máquina" que até à data diria que era insubstituível. É verdade meus amigos a partir de hoje tenho um novo telemóvel. Continuo a ser fiel aos meus princípios não mudando a marca mas apenas o modelo. O meu novo telemóvel é um Nokia N73 Music Edition. Obviamente, e para quem tem conhecimento, o numero mantém-se inalterável.

P.S. Ainda vou fazer tudo o que esteja ao meu alcança para recuperar o meu ex-libris, a jóia da coroa.

Não posso deixar de agradecer o precioso contributo na aquisição. Obrigada G.

Cumprimentos

MM

quarta-feira, 7 de março de 2007

Ilusões

Ontem tinha planeado um dia especial na comemoração de um aniversário. Sempre que registo um dia especial tento ao máximo satisfazer as minhas necessidades para tentar também dar resposta às vontades de quem nos deseja e por inerência nos faz sentir bem. Por vezes os sacrifícios são compensados com pequenas palavras de conforto, pequenos gestos de carinho que nos permitem acreditar que felizmente vale a pena viver. Não vivo com intenções exclusivas de satisfazer ninguém a não ser a mim próprio e nem preciso de ser compensado materialmente pelas atitudes que possa ter para com os outros, no entanto por vezes um simples sorriso é o suficiente para sermos reconhecidos e compensados pela dedicação e devoção que partilhamos com as pessoas que estamos mais próximas. Fiz centenas de kms para poder estar presente numa efeméride com um simbolismo particular para constatar algo que em determinadas circunstâncias é preciso ser sentido para acreditar: A desilusão e o carácter do ser humano. Normalmente tenho por habito referir que apenas nos desiludimos porque na verdade somos nós próprios que nos iludimos com algo e/ou alguém. A escola da vida permite-nos crescer, conhecendo-nos a nós próprios e em paralelo os outros.

Ninguém é igual a ninguém e sempre que pensamos que conhecemos minimamente uma pessoa surge algo que vem provar o contrário.

E eu, será que me conheço verdadeiramente???

Cumprimentos

MM

domingo, 4 de março de 2007

Dia de Aniversário

Hoje, neste dia que assinala a comemoração do meu 30º aniversário, quero deixar registado um pequeno mas muito significativo texto que resume de uma forma muito sucinta trinta anos da minha vida.

Eu...
Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já sorri quando não devia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e saltei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, desiludi-me muitas vezes! Já chorei a ouvir musica e a ver fotos, já liguei só para ouvir uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)! Mas vivi e ainda vivo! Não passo pela vida...
Luto com determinação, abraço a vida e vivo com paixão, perco com classe e venço com ousadia porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito importante para ser insignificante...

A todos aqueles que estiveram presentes, física ou mentalmente, neste dia memorável da minha vida, os meus sinceros agradecimentos e acreditem que é por vossa causa que vivo e não apenas existo. São todos vós que fazem o que verdadeiramente sou...

MM