terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

História da vida real

QUEM TE AVISA TEU AMIGO É...

Inerentes à minha actividade profissional estão deslocações frequentes em veiculo automóvel percorrendo centenas de Quilómetro na companhia exclusiva do meu ser. Em muitas dessas deslocações que normalmente são prolongadas em relação ao tempo de viagem, grande parte das vezes utilizo com relativa frequência o telemóvel para estabelecer contactos pessoais e na maioria das vezes profissionais. Além de aproveitar a rentabilização do tempo no período da viagem acabo por ter quase sempre presentes diversas companhias que vão ocupando o meu espaço mental e assim funcionam como agentes facilitadores de ocupação temporal. Já aconteceu algumas vezes atender uma chamada telefónica quando inicio uma viagem e apenas finalizar essa mesma chamada no término da deslocação, isto após um período temporário de duas horas consecutivas. Quando conto estas histórias aos meus amigos sou imediatamente advertido com palavras justas das quais reconheço inteiramente o seu valor. "…Tu és maluco, qualquer dia és apanhado... só mesmo tu para fazeres esses coisas... tens consciência do que estás a fazer... isso pode ser perigoso... nem parece teu Marco, não tens um auricular?... não compres um auricular que não é preciso!!!... Amigo compra um auricular...
Estes são alguns pequenos exemplos entre muitos outros que podia descrever.
A minha resposta perante todos os meus amigos(as) sempre foi a mesma sem alterar uma vírgula: Tens toda a razão, enquanto não for "apanhado" vou falando. É até um dia...
No final de todas as argumentações de ambas as partes, quase todos eles(as) terminavam da mesma forma: Olha quem te avisa teu amigo é...

Ontem, depois de um dia menos bom onde quase todas as coisas convergiam para a adversidade negativista (falta de vários formandos a convocatórias, selecções de formandos sem êxito, atrasos a compromissos de outras partes, formação que correu menos bem, perda de valores monetários entre outras), a vitória do Benfica frente ao Paços de Ferreira assistida no Estádio da Luz "in loco" veio minimizar o que de menos bom tinha acontecido.
Aquando do meu regresso a Sintra para pernoitar, e depois de deixar o meu primo Tiago no Cacém, deslocava-me no IC19 quando algo dentro do meu veículo começa a emitir um sinal sonoro, situação comum e frequente: O telemóvel estava a tocar. Com um impulso natural e quase inconsciente atendi de imediato e iniciei um diálogo que desta vez durou apenas breves minutos... (talvez o mais curto que tenha em memória)
Olhando pela janela lateral esquerda do meu veículo, na faixa de rodagem paralela estava a passar um carro patrulha da BT. A minha reacção imediata foi libertar-me do telemóvel para cima do banco do pendura e ter esperança que não tivesse sido visto a cometer a infracção. Essa esperança durou meramente breves segundos, após alguns metros percorridos umas luzes azuis intensas e intermitentes acenderam-se e quando dei por mim consciente do meu acto já me encontrava parado junto à saída para Rio de Mouro com o carro patrulha da BT na minha retaguarda.

Boa noite Sr. condutor, os seus documentos por favor (a celebre apresentação que não é muito agradável de ouvir e que dispensava naquele momento). Depois de uma volta pela frente do carro para confirmar o seguro e inspecção surgiu de novo a meu lado, comigo já no exterior formalizando outra pergunta:
Sabe porque o mandamos parar?
Consciente do meu acto e após breves segundos de ponderação sobre uma eventual desculpa credível para apresentar a minha consciência foi mais forte do que eu e com naturalidade umas simples, breves mas sinceras palavras saíram entre os meus lábios: Vinha a falar ao telemóvel.
Sem dizer uma única palavra o agente dirigiu-se ao carro patrulha para ir buscar toda a documentação para a passagem da autuação. Impávido e sereno assisti a todo o protocolo sem manifestar quaisquer palavras (poucos ou nenhuns argumentos tinha a meu favor). Estava um frio horrível e o meu desejo era chegar à cama o mais rapidamente possível.
Após todo o processo estabelecido e de ter pago os respectivos 120€ de multa através do multibanco e antes de abandonar o local ainda manifestei algumas palavras na tentativa de sensibilizar o agente para determinadas situações de bom senso e cidadania que deveriam ter em consideração.
O cansaço era tanto, depois de um dia que se inicio às 06h30, que quando cheguei à cama adormeci num sono intenso e profundo.
Recordo-me antes de adormecer a pensar nas eventuais desculpas que poderia ter apresentado com argumentos de alguma credibilidade mas a minha consciência revertia-se sempre para a vertente da RAZÃO. Eu ia mesmo a falar ao telemóvel e tenho conhecimento absoluto que não é permitido legalmente.
Tenho 677horas 49minutos e 14 segundos de chamadas recebidas no registo do meu telemóvel e foi preciso meramente menos de 1 minuto para pela primeira vez ser detectado a cometer uma infracção de uso incorrecto do telemóvel…

Hoje as coisas correram muitíssimo melhor, além de ter um auricular novo para o telemóvel, aprendi mais uma lição importante para a minha vida: Todas (ou quase todas) as coisas da vida estão definidas e devidamente regulamentadas, cabe-nos a nós decidirmos se as queremos cumprir/respeitar ou não... A partir dai é só uma questão de consciência.
Tento em permanência estar sempre bem com a minha. Porque só assim conseguirei viver feliz...

Cumprimentos
MM

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Carnaval

Passado o período carnavalesco não posso deixar de registar através de breves palavras o intenso e fantástico fim-de-semana vivido.
Não sendo um amante da folia do Carnaval não consigo deixar de me associar à época festiva devido ao "arrastamento" provocado pelo meu grupo de amigos.
O fim-de-semana de Carnaval foi vivido quase que exclusivamente num programa intensamente cultural: Na noite de Sábado assisti a um Mega Concerto da Visão no Pavilhão Atlântico com um cartaz magnifico: Xutos e Pontapés, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, GNR, Jorge Palma e Rádio Macau. Um super e muito agradável concerto que se iniciou às 09h30 em ponto (pontualidade Britânica, nada comum no nosso Pais), terminando pelas 03h30. Não posso deixar de destacar a brilhante e acima da média actuação dos Xutos, idêntica ao Vinho do Porto. No Domingo a continuidade cultural prometia e assim desloquei-me ao Casino de Lisboa para assistir a um espectáculo que tinha expectativas muito elevadas: STOMP, assim se designava o grupo que se propunha apresentar um conjunto de ritmos provenientes dos mais comuns objectos utilizados no nosso dia a dia. Com uma sala completamente esgotada iniciaram um espectáculo de cerca de duas horas com uma dinâmica surpreendente. Superou todas as minhas expectativas. É impressionante como a conjugação de vários elementos conseguem traduzir ritmos e movimentos vindos (quase) do impossível. Um exemplo concreto de como nada na vida tem sentido sem que haja uma interligação; nada na vida tem sentido sem que haja uma partilha, uma conjugação ou seja um colectivismo com objectivos singulares e comuns aos efeitos desejados. Um dos melhores espectáculos de ritmo, movimento, som e representação conjugados num único factor que vi até ao presente dia. Aconselho vivamente.
Depois de um intenso dia de descanso (segunda-feira) a noite aproximou-se e do nada surgiu um convite inesperado para um jantar com amigos. Depois de um intenso e longo jantar onde a comida e a bebida superaram as expectativas (uma vez mais), a pressão para me mascarar foi intensa, mas como é habitual não cedo a pressões e fui meramente a acompanhar (desmacarado) os mascarados. Dirigimo-nos para as Caldas e a festa começou logo na antiga praça do peixe onde um DJ passava músicas alusivas à folia carnavalesca. Entretanto após a chagada de umas amigas dirigi-me para o "sitio do costume" (Green Hill) onde a noite se prolongou até cerca das 08h00. Uma festa muitíssimo agradável onde me diverti imenso na companhia das pessoas que sempre me têm transmitido imensa alegria de viver.
Em titulo conclusivo quero deixar expresso e registado que muitos de nós temos tendência para em determinadas circunstancias da nossa vida usarmos determinadas "mascaras" para escondermos diversos sentimentos, circunstancias de vida e outras coisas que não pretendemos demonstrar publicamente ou a quem mais gostamos. Por vezes esta época festiva permite-nos ostentar de uma exuberância fora do normal e assim representarmos aquilo que mais desejaríamos de ser e/ou fazer.
Sinceramente NUNCA (associado ao passado) tive necessidade de me "mascarar" para as situações adversas (ou não) que a vida me tem proporcionado, e mesmo sem máscaras consigo viver e divertir-me de igual forma (ou mais) que os outros que andam mascarados para disfarçar sentimentos.
A todos vós muitos e intensos cumprimentos...
MM

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Quando me amei de verdade

Na escola da vida constatamos factos que nos fazem aprender imenso com as experiências vividas, conhecimentos partilhados, e sobre tudo adversidades ultrapassadas que nos tornam mais fortes e conscientes das nossas verdadeiras capacidades. Embora com uma idade que considero relativamente jovem já passei por determinados momentos que me obrigaram a reflectir sobre a verdadeira razão do meu viver. Momentos esses que permitiram um auto conhecimento e acima de tudo uma avaliação pormonorizada das minhas reais e possíveis capacidades na ultrapassagem de adversidades em várias vertentes, sejam elas físicas e/ou emocionais. Por tudo o que tenho vindo a viver, constato que dia após dia aprendo um pouquinho mais sobre mim próprio e sobre as pessoas com quem convivo. Associado a este pequena introdução quero partilhar convosco algo que li e que se enquadra perfeitamente naquilo que pretendi transmitir anteriormente na descoberta dos meus valores pessoais e profissionais. Algo que está completamente direccionado ao meu ser e que pretendo partilhar convosco

Quando me amei de verdade...

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E, então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou a ir contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é: autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje, chamo isso! ... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento, ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje, sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a livrar-me de tudo o que não seja saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, a minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje, sei que se chama... Amor próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.
Hoje, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje, sei que isso é...Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes.
Hoje, descobri a... Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar a reviver o passado e de me preocupar com o Futuro. Agora, vou mantendo-me no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje, vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me.
Mas, quando a coloco ao serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é.... SABER VIVER.

Não devemos ter medo dos confrontos...
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas."

Cumprimentos
MM

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Triplo Filtro

Olá amigos...
Hoje quero deixar-vos uma reflexão muito importante e acima de tudo bastante útil para podermos ultrapassar determinadas adversidades que a nossa sociedade actual nos submete através das influências sociais a que somos expostos. Muitos dos conflitos surgem da forma como nós nos expressamos através dos vários meios de comunicação e principalmente da forma como partilhamos as informações uns com os outros. Todos nós temos consciência de que muitas das mensagens que diariamente pretendemos transmitir às pessoas com quem pretendemos comunicar não são muitas das vezes interpretadas como mais desejaríamos, causando em determinadas situações algumas inconveniências entre as pessoas. Esta dificuldade ainda vamos conseguindo superar quando existe boa intencionalidade na transmissão das mensagens e agimos de plena boa fé. O grande problema que a sociedade apresenta, nos vários extractos sociais, está associada ao facto de que muitas das comunicações e partilhas de informação estarem "envenenadas" com intencionalidades que vão muito além do contexto real da informação/mensagem, onde existem segundas intenções com o objectivo de denegrir terceiros. Todos nós sabemos que algumas das pessoas com quem convivemos diariamente são capazes de TUDO para atingirem os seus objectivos, mesmo que para isso tenham que prejudicar até as pessoas mais próximas.
Tendo em consideração a minha forma de ser e estar para e com a vida, para mim o que prevalece sobre qualquer circunstancia de relacionamento interpessoal é aquilo que verdadeiramente somos em termos individuais e que personaliza o nosso ser. Ninguém é igual a ninguém, e continuo a afirmar que todos nós somos aquilo que queremos ser.
Um dos principais factores que determina a nossa personalidade é a nossa própria consciência que está subdividida em vários níveis. Para que nós possamos estar em permanência bem com a nossa consciência, e que sejamos exemplo para os outros (tendo em consideração que comportamento gera comportamento) vou deixar-vos de seguida uma ferramenta muito útil associada aos contexto da comunicação e a toda a exposição que descrevi anteriormente. Chama-se o Triplo Filtro e é originária da antiga Grécia de um mestre da sabedoria: Sócrates

O TRIPLO FILTRO

Um dia, um conhecido encontrou-se com o grande Filósofo e disse-lhe:
- Sabes o que ouvi sobre o teu amigo?
- Espera um minuto, disse Sócrates.
- Antes que me digas qualquer coisa, quero que passes por um pequeno e rápido exame. Chama-se Triplo Filtro
- Triplo Filtro, perguntou o outro...
- Correcto, afirmou Sócrates.
- Antes de falares do meu amigo, vou filtrar três vezes o que vais dizer.
É por isso que lhe chamo de "Triplo Filtro"
O primeiro filtro é a VERDADE.
Tens plena certeza de que o que me vais dizer é verdade?
- Não, disse o homem, realmente só ouvi sobre isso e...
- Bem, disse Sócrates, então você não sabe se realmente é verdade ou não.
Agora vou aplicar o segundo filtro, o filtro da BONDADE.
- O que me vai dizer do meu amigo é algo de BOM?
- Não, pelo contrário...
- Então, quer dizer-me algo de mau do meu amigo, no entanto não tem a certeza que seja verdade.
Mesmo que agora quisesse ouvi-lo, ainda não poderia porque falta um filtro, o filtro da UTILIDADE.
- Servirá para algumas coisa, saber o que você me vai dizer sobre o meu amigo?
- Não, na verdade não.
- Bem, concluiu Sócrates.
Se o que me pretendes dizer não tens a certeza que é verdade, não é bom e nem sequer me irá ser útil... porque iria eu querer saber???

Sempre que alguém vos queira fazer qualquer tipo da avaliação, juízos de valor, apreciação de pessoas que verdadeiramente vocês gostem utilizem o Triplo Filtro e constatarão que grande parte das informações que vos querem transmitir tem outra intencionalidade além da partilha sincera e de boa fé que pretendem muitas vezes demonstra.

Cada vez mais a velhinha mas sempre actual máxima se associa à partilha de informação: "Não acreditem em tudo o que vos dizem"

MM

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Tempo perdido (ou não)

Noite de Sábado para Domingo, normalmente vivida intensamente na companhia dos amigos num espírito integral de boa disposição, mente aberta, nostalgia, divertimento e acima de tudo muito muito bem estar emocional junto daqueles que nos fazem verdadeiramente felizes na razão da existência do nosso viver. Noites que normalmente se prolongam até ao nascer do sol e que permitem compreender determinadas circunstâncias que têm tempo e momentos próprios para serem vividas.
Hoje contrariamente ao que é normalmente habitual estou "preso" no meu habitual local de trabalho em virtude da realização de um curso no período de fim-de-semana.
Nestas horas "mortas" onde as ofertas de ocupação temporal em socialização são muito reduzidas, resta-nos o mundo virtual para ser explorado. E a questão que se coloca é a seguinte: Será que estou a perder tempo da minha vida pessoal para dar resposta a uma responsabilidade profissional? Podia muito bem estar em Óbidos com os meus amigos e acabo por estar aqui fechado em São João da Madeira em frente ao PC a dissertar vagamente sobre uma questão (quase que) filosófica. O que penso verdadeiramente sobre esse assunto em particular, e depois de ter ultrapassado algumas adversidades quer físicas quer emocionais, para mim não existe tempo perdido, existe sim uma racionalização do mesmo de acordo com as nossas realidades pessoais e profissionais, ou seja de acordo com o momento vivido deveremos encontrar soluções através das ferramentas que dispomos no momento para aproveitarmos todos os minutos e segundos a fazer algo que nos realize, o mínimo que seja, em termos pessoais e/ou profissionais. Não escondo que o mundo virtual inerente à Internet seja um dos meus recursos actuais, no entanto como já tive oportunidade de manifestar numa exposição anterior por vezes, quando é excessivamente utilizada como recurso para "passar" o tempo torna-se perigosa e até mesmo venenosa.
Depende (quase) exclusivamente de nós próprios, encontrarmos soluções para contornar os cenários onde o tempo (pensamos nós) não é verdadeiramente aproveitado, e que muitas vezes classificamos como tempo "perdido".
Partilhando convosco as minhas alternativas para combater os ócios da vida, elas passam por duas grandes vertentes distintas, que se podem interligar com relativa facilidade: A primeira e sem ordem especial de preferência está associada à leitura, onde tenho aprendido imenso através de reflexões de autores sobre os mais variadíssimos temas do comportamento social e pessoal que tanto me fascina; A outra vertente associa-se ao cinema em casa (neste caso concreto no trabalho) onde se podem retirar mais valias extremamente importantes no campo das aprendizagens e saberes, apenas temos que escolher os filmes certos para os momentos mais adequados ao nosso estado de espírito.
Para terminar de uma forma conclusiva quero reforçar a ideia que o tempo só se torna verdadeiramente “perdido” se nós próprios assim o desejarmos. Apresento e aconselhando duas excelentes alternativas (numa opinião muito pessoal) para que nos momentos onde possam pensar que não estão a usufruir integralmente do valor inqualificável do TEMPO possam assim aproveitá-lo utilmente na vossa formação pessoal.

Cumprimentos

MM

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

As pessoas

Depois de um dia intenso a viajar em deslocações profissionais, normalmente esse tempo é aproveitado para reflexões, e hoje por diversos motivos o tema enquadrou-se intensamente nas pessoas que dia após dia convivem comigo a nível profissional e que por inerência acabam por interferir muitas das vezes na nossa vida pessoal, criando-se afinidades resultando assim agradáveis amizades. No entanto também existe o reverso da medalha se assim o podermos classificar, ou seja aquelas pessoas que nós acreditamos plenamente nas suas virtudes pessoais e profissionais e que por um motivo ou outro acabam por nos desiludir através de acções e/ou palavras proferidas com a intencionalidade de nos afectar.
Infelizmente (ou felizmente se for avaliado no contexto da aprendizagem) durante esta minha curta mas intensa experiência profissional já pude constatar estas duas versões, prevalecendo (felizmente) com muito maior incidência aquelas pessoas que me fazem acreditar que tudo na vida vale a pena quando somos compreendidos por alguém.
Nestes onze anos de actividade profissional que desenvolvo numa actividade dinâmica e que me faz muito feliz na realização pessoal, tenho aprendido imenso no contexto do relacionamento interpessoal.
Constatei que ao longo de todos estes anos existem diferentes formas de ser e estar no trabalho: aquelas pessoas que são dinamizadores e que através do conhecimento tentam sempre ir mais além; as pessoas que devido a limitações tentam independentemente dos resultados lutar na obtenção dos objectivos; as pessoas que pensam que são donos do conhecimento e verdade mas depois conclui-se que nada sabem e poucas verdades dizem; as pessoas que pensam que têm uma estabilidade profissional conquistada e acomodam-se; as pessoas que se querem implementar com uma nova dinâmica e vêm os seus projectos serem anulados por outras e acabem por desistir dos mesmos e outras pessoas com uma persistência tremenda que independentemente de serem ouvidos ou não levam os seus ideais até ás ultimas circunstâncias. Normalmente são essas últimas que prevalecem na conquista das suas ambições e crescem no sentido profissional. Aprendi que devemos sempre acreditar nas nossas ambições até que algo ou alguém nos prove o contrário; aprendi também que devemos ter a capacidade para avaliar todas as situações e se existir alguma melhor que a nossa termos a humildade de a reconhecer e de a validarmos; aprendi que as nossas conquistas dependem imenso das nossas vontades e sobretudo da forma como acreditamos nelas e as expomos. Todos somos diferentes, mas todos temos as oportunidades para mostrarmos os nossos valores que puderam ou não serem reconhecidos.
Para terminar quero deixar-vos uma simples e curta história mas com um sentido de reflexão tremendo para contextualizar e de certa forma fundamentar o meu discurso anterior.

As cobras das nossas vidas...
Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo que só vivia para brilhar.
Ele fugia rapidamente com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada.
No terceiro dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não pertences
- Fiz-te alguma coisa de mal?
- Não fizeste nada de mal
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!

E assim, diariamente tropeçamos em cobras!