quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Adeus Tio Zé Mendonça

No último dia da Festa do Pinhal, encontrava-me na Adega do Tio Horácio, quando recebo um telefonema a solicitar a minha presença na casa do meu Tio Zé Mendonça. A distancia física era muito reduzida e em menos de um minuto estava presente junto do meu Tio. Apresentava uma agitação muito acentuada, motivada por um mau estar geral e ansiedade com referencias directas à região torácica. Tentando perceber a razão de todo aquele cenário interroguei a minha Tia sobre alguns factores clínicos, nomeadamente os antecedentes. Identifiquei que não tinha feito a medicação para os Diabetes e possivelmente seria o resultado manifestado por toda aquela alteração metabólica provocando a sintomatologia referenciada anteriormente. Depois de realizar um teste de glicémia constatei o que suspeitava: hiperglicémia com um valor aproximado de 445mm/dl. Rapidamente foi solicitada uma ambulância que procedeu ao transporte para o hospital de Caldas da Rainha. Voltei novamente ao convívio com os meus amigos e já bastante tarde fui para casa descansar.
Pelas 10h30 da manha recebi um telefonema do meu irmão: Marco, o Tio Zé morreu... foram estas as palavras que ficaram registadas na minha memória.
Rapidamente me levantei e verifiquei uma chamada não atendida do meu Primo Zé Carlos que certamente tentou dar-me conhecimento do sucedido.
Quando cheguei a casa do meu Tio e encontrei e minha Tia, que amo e revejo como uma segunda Mãe, num estado lastimoso, não consegui conter as minhas emoções e juntos libertarmos todo o nosso sentimento interior através das lágrimas que abundavam os nossos rostos.
Uma vez mais e como sempre tem vindo a ser habitual, nos bons e menos bons momentos, a união familiar permite atenuar a dor de uma perda inqualificável, com a compreensão mutua que todos unidos demonstramos um apoio complementar à auto conformação da causa perdida.

Tio, partiste para o mundo que todos nós um dia iremos conhecer, mas deixaste neste a referencia humana que servirá de exemplo representativo de como existe bondade na vida e que a manifestação da mesma tem reflexos incontornáveis no comportamento pessoal inerente ao espírito familiar. Deixaste uma referencial mulher que revejo como uma Mãe e dois extraordinários filhos que os tenho como irmãos. É com eles que vou continuar a viver e acreditar na unificação do "fazer bem sem olhar a quem" onde impera a partilha dos sentimentos e emoções vividos como num só todo. Iremos recordar-te na eternidade pelas suas boas acções vividas e manifestadas enquanto viveu neste nosso mundo.
ATÉ SEMPRE TIO ZÉ

MM

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